Entram em funcionamento em agosto sete máquinas de hemodiafiltração no Centro de Rim, Diabetes e Cardiologia do Hospital 9 de Julho. Os equipamentos custaram R$ 280 mil, e são uma aposta do hospital, baseado em pesquisas científicas, para redução da mortalidade ligada às sequelas do tratamento dialítico em até 46%. O risco de morte por infecções também é reduzido em 55%.

A insuficiência renal atinge, em graus variados, mais de 10 milhões de brasileiros. Quando a função destes órgãos é comprometida de forma irreversível e grave, o paciente precisa iniciar o tratamento dialítico para se manter vivo até conseguir um novo órgão e fazer o transplante renal.

Para Zita Brito, nefrologista especializada em diálise do Hospital 9 de Julho, uma série de substâncias não filtradas na diálise convencional são retiradas do sangue na hemodiafiltração. Essa maior eficiência tem impacto direto na sobrevida dos pacientes.

Na hemodiafiltração elevados volumes de solução produzida com água ultra-pura são infundidos e simultaneamente filtrados do espaço vascular do paciente, resultando em uma melhor remoção de toxinas do que na hemodiálise convencional. O procedimento é mais eficiente, pois exerce uma pressão maior para ?arrastar? essas substâncias tóxicas e o excesso de água para fora do sangue.