Diante das perspectivas negativas quanto ao déficit de leitos em hospitais, principalmente em grandes cidades como São Paulo, a assistência na casa do paciente (home care) surge como um modelo complementar em ascenção. O Grupo Santa Celina, por exemplo, anunciou recentemente que teve 18% de crescimento no faturamento em 2012. As operações do grupo englobam duas unidades de negócio: atenção domiciliar (homecare) e promoção de saúde e prevenção de doenças. Atualmente, são mais de 800 pacientes em home care, envolvendo três mil profissionais de saúde no tratamento. Em hospitais tradicionais, 250 leitos classifica a instituição como ?grande?. Segundo Ana Elisa de Siqueira, diretora do Santa Celina, parte do crescimento reflete a falta de leitos em hospitais e o elevado custo de medicamentos. Para ela, o conceito de desospitalização é uma alternativa de combate ao problema dos leitos hospitalares. O home care possui níveis de complexidade assistencial. Pacientes que precisam receber medicação intravenosa sem necessidade de internação, por exemplo, podem receber o cuidado em casa. Pacientes crônicos com patologias mais severas, acamados e dependentes de ventilação mecânica, também são candidatos, diz Ana Elisa, mas precisam de suporte para manutenção da assistência. ?Estima-se que alguns pacientes quando encaminhados para atenção e/ou internação domiciliar passam a representar economia de até 50% para as operadoras?, diz.