Atualmente, ainda não vemos tratamentos sendo realizados na área, mas as últimas notícias são favoráveis.
Agora uma empresa de Massachusetts reportou resultados de um estudo feito com humanos (o maior e mais longo com as células) e mostrou que esta intervenção é segura e restaurou, parcialmente, a visão dos pacientes que tiveram problemas por doenças degenerativas.
O estudo durou três anos e foi publicado na terça-feira com colaboradores de diversos profissionais do Jules Stein Eye Institute em Los Angeles, onde foram transplantadas células cultivadas em laboratório nos olhos de nove pessoas com degeneração macular e nove com distrofia macular de Stargardt.
A ideia por trás do tratamento é substituir células da retina, conhecidas como RPE cells, por materiais cultivados em laboratório. Eles usam células-tronco como um ponto de partida, tornando possível que elas gerem milhões de células de retina especializadas. No estudo, cada paciente recebeu um transplante com 50 mil a 150 mil dessas células em um olho.
O objetivo principal do estudo era provar que a aplicação dessas células era segura. Além de conseguirem provar isso, também viram benefícios para os pacientes. De acordo com os pesquisadores, metade deles melhoraram o suficiente para conseguirem ler de duas a três linhas a mais no exame tradicional de vista.
Robert Lanza, o Chief Scientific Officer da Advanced Cell, citou a necessidade de serem feitos estudos maiores, o que ele completou afirmando que a companhia deverá lançar no início do próximo ano.
Alguns especialistas disseram que ainda é muito cedo para dizerem se as melhorias são reais. Os pacientes não foram examinados por especialistas independentes e este tipo de resultado é difícil de ser medido. Isso nos deixa com muitas possibilidades de efeito placebo ou viés inconsciente como parte dos médicos.
“Quando alguém consegue um tratamento, esta pessoa tenta muito ler o exame” e isso pode dar viés.