O acidente vascular cerebral (AVC) é a segunda maior causa de morte no mundo segundo pesquisas da Organização Mundial de Saúde (OMS). No Brasil, o dado segue alarmante, sendo a primeira causa de mortalidade, de acordo com números da Rede Brasil AVC.  

Estudos da Organização Mundial de AVC afirmam que, em média, 70 mil pessoas morrem por ano após o evento agudo, no Brasil. Em setembro de 2022, o estado de Pernambuco registrou 1.200 internações pós-AVC, sendo 807 no Recife, de acordo os registros no Datasus. Ainda de acordo com a OMS, o AVC é a principal causa de incapacidade em adultos. Do total de pessoas acometidas, 2/3 necessitam de reabilitação em decorrência das limitações de funcionalidade e das dependências causadas pelo evento agudo.  

Com base em dados e pesquisas científicas relevantes e, no intuito de criar um programa adequado a este perfil de pacientes, a Clínica Florence elegeu a Reabilitação Pós-AVC como uma de suas linhas prioritárias de cuidado. “A Linha de Cuidados é baseada em dados e pesquisas científicas que evidenciam a alta prevalência e o impacto socio funcional no paciente. Uma pessoa acometida por AVC, normalmente uma doença hiperaguda, tem uma mudança drástica em sua vida. Era uma pessoa com vida produtiva, trabalhava. Dependendo da gravidade, o paciente pode se ver restrito ao leito, com grande incapacidade funcional, restrições cognitivas, dificuldades de linguagem, de comunicação e até de alimentação, como disfagia”, explica Renata Azevedo, neurologista, especialista em medicina intensiva e responsável médica pela Linha de Cuidados Reabilitação Pós-AVC da Clínica Florence – Unidade Recife. 

Segundo a American Heart Association e a American Stroke Association, pacientes que tiveram AVC com maior impacto em funcionalidade devem ter acesso a cuidados de reabilitação interdisciplinar, organizados e coordenados, preferencialmente em unidades de reabilitação internado. Essa recomendação é baseada nos maiores níveis de evidência (1A). 

O acidente vascular cerebral requer agilidade. A atuação com brevidade é determinante no tratamento agudo dentro do hospital e tem impacto significativo na reabilitação Pós-AVC, já que quanto mais precoce for o início da reabilitação, maior a chance de reduzir as sequelas e dependência do paciente, além de melhorar a qualidade de vida.  

Pesquisas comprovam, ainda, que a Reabilitação em pacientes acometidos por AVC moderado a grave, realizadas em internação hospitalar, tem impacto positivo no prognóstico funcional. Para isso, é fundamental que a Reabilitação Pós-AVC seja precoce, intensiva e interdisciplinar, estratégia aplicada em pacientes indicados para a Linha Reabilitação Pós AVC da Florence, com atenção na recuperação de funcionalidades, independência e qualidade de vida.