O dia 29 de agosto foi escolhido para marcar a luta no combate ao fumo no Brasil. Calcula-se que por ano cerca de 5,4 milhões de mortes, o que equivaleria a população de 10 cidades do tamanho de Uberlândia, morrem por doenças relacionadas ao fumo e, até 2030, o tabaco será responsável pela morte de 8 milhões de pessoas, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Na inocente “fumacinha” do cigarro estão presentes mais de 4.000 substâncias químicas nocivas, as mais conhecidas são a nicotina, o alcatrão e o monóxido de carbono. Mais de 60 destas substâncias são reconhecidamente cancerígenas, além de irritantes e tóxicas ao pulmão.
Segundo a American Cancer Society, mulheres fumantes que usam pílulas anticoncepcionais têm risco de 25 a 30 vezes maior de sofrer infarto do miocárdio ou derrame cerebral.
A nicotina vicia mais que a cocaína e a maconha. “Ao tragá-la, a nicotina chega ao cérebro em segundos, onde ativa o circuito que regula o prazer” segundo o pneumologista da Universidade Federal de Uberlândia e do Hospital MadreCor Dr. Ricardo Diniz. “Os fumantes têm 10 vezes mais chances de ter câncer do pulmão, cinco vezes mais chance de sofrer de infarto, bronquite crônica e enfisema pulmonar, e duas vezes mais de sofrer derrame cerebral”, afirma. De acordo com os dados da Sociedade Mineira de Cardiologia cigarros com baixo teor de nicotina não diminuem o risco de cardiopatias, pois prejudica da mesma forma o controle adequado da pressão arterial e do colesterol.