Foi-se o tempo em que fazer check up significava ser submetido a uma bateria infindável de exames. A moderna medicina reconhece que a checagem do estado geral da saúde de um indivíduo passa, em primeiro lugar, por avaliação clínica extremamente personalizada, considerando o sexo, a faixa etária, o histórico familiar, os hábitos e eventuais sintomas apresentados. O rastreamento de alterações é de extrema valia, desde que siga protocolos validados internacionalmente. “Na prática isso quer dizer que a realização dos exames tem que levar em consideração o perfil do cliente, especialmente quando falamos de uma população que não apresenta sintomas”, esclarece o cardiologista Bruno Ganem, gerente médico da Gestão Saúde da Amil Brasília. Um exemplo claro é o papanicolau, teste que deve ser feito anualmente em mulheres sexualmente ativas para detecção do câncer de colo de útero. “Outra ameaça detectada no mesmo teste é o HPV, cujos subtipos de alto risco estão diretamente ligados ao desenvolvimento do câncer”, destaca Dr. João Nunes, do Centro de Câncer de Brasília. Dr. Bruno Ganem destaca ainda que o bom check up é seguido de orientações também personalizadas. “O indivíduo deve estar aberto à mudança de hábitos, pois a vida que se leva no dia-a-dia é determinante para a longevidade. De nada adianta ir ao médico regularmente sem combater os principais riscos à saúde: o sobrepeso e a obesidade, o sedentarismo, o tabagismo, entre outros.