Setor de saúde está entre os prejudicados. Pesquisa da PwC
mostra que a principal fraude corporativa está relacionada à escolha do
fornecedor
Cerca 30% das organizações brasileiras,
inclusive as do setor de saúde, já foram vítimas de fraude internas, cometidas
por funcionários e parceiros. É o que aponta a Pesquisa Global de Crimes
Econômicos 2014, divulgada pela consultoria global PwC.
O levantamento revela que a origem, em
geral, é setor de compras (44%).A maior parte dos desvios relatados estava
relacionada à escolha de fornecedores e, em 53% dos casos, os prejuízos
ultrapassaram US$ 100 mil.
Para a em gestão
de suprimentos, se faz importante refletir sobre alguns pontos como:
·
A seleção de profissionais para a
área de compras, especialmente de Órteses, Próteses e Materiais Especiais
(OPME);
·
A ausência de manuais de conduta,
que determinem o comportamento ético esperado pela organização;
·
Controles fracos ou insuficientes.
Numa área crítica como a de insumos, que responde pelo
segundo maior custo nas instituições de saúde e que, em caso de má gestão, pode
levar a perdas de até 15% da margem financeira, estes três tópicos específicos
merecem atenção redobrada, talvez até mais do que em empresas de outros setores
da economia.
No caso específico das OPMEs, que são os insumos mais caros
no ambiente assistencial, os cuidados são diferenciados. Estes materiais são
consignados, portanto, é necessário um controle muito efetivo para informar o
fabricante sobre o que foi utilizado e devolver o excedente, para que o
faturamento reflita exatamente o que foi implantado no paciente.
A correta gestão destes suprimentos requer a adoção de ferramentas
de rastreabilidade; construção de processos de compra, recebimento e
distribuição sólidos, claros e acordados com todos os envolvidos; e uma equipe altamente especializada para lidar com as demandas do
dia a dia.