Sonolência, cansaço, falta de energia durante o dia e nervos à flor da pele. A Sociedade Brasileira do Sono avaliou cerca de 43 mil pessoas das principais capitais do país e revelou que mais da metade da população (53,9%) não tem um sono restaurador. E 43% apresenta sinais de cansaço no decorrer do dia. O Instituto do Sono, instituição ligada à Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), realizou um levantamento epidemiológico semelhante, denominado Episonos, em 2007, com 1.056 pessoas entre 20 e 80 anos na capital paulista e descobriu que 39,9% da população sofre de insônia e 32,9% tem apnéia. A insônia e a apnéia são os principais distúrbios que tiram literalmente o sono dos brasileiros. A primeira é caracterizada como um sintoma e não uma doença, já que pode estar relacionada a outros fatores, na maioria dos casos psicológicos. A sonolência excessiva diurna também pode ser um indício da própria apnéia.A apnéia ocorre quando, no meio da noite, acontecem engasgos e paradas respiratórias, que levam à queda de oxigênio no sangue, fazendo com que o indivíduo acorde diversas vezes. Como conseqüência dessas paradas respiratórias – que duram mais de 10 segundos -, o sono passa a não ser restaurador e fica interrompido, fazendo com que o indivíduo apresente sonolência no dia seguinte.
Prof. Tomomi Harashima, coordenador do Centro de Apnéia Obstrutiva do Sono do CETAO.
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