A prevenção e o controle das infecções hospitalares são um dos principais temas de campanhas desenvolvidas por órgãos de saúde internacionais como a Organização Mundial da Saúde e o Institute for Health Improvement dos Estados Unidos. Entretanto, recente pesquisa divulgada pelo jornal Folha de São Paulo aponta que 90% das instituições de saúde no Brasil não contam com uma Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), apesar da Portaria Ministerial nº 2616/98.
“Nas instituições acreditadas, a CCIH deve atuar como um órgão assessor técnico da direção geral, além de ter um papel executivo dentro dos Comitês ou Coordenações de Qualidade”, ressalta Heleno Costa Jr., coordenador de educação do Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA). A formação multidisciplinar da equipe é, segundo Heleno, outro aspecto relevante. Acreditado pela Joint Commission International/CBA, o Hospital São Vicente de Paulo (HSVP) – RJ, conta com uma CCIH que tem à frente uma especialista em infectologia e uma enfermeira. “A comissão tem o papel de garantir a segurança dos pacientes através de ações de prevenção de complicações infecciosas relacionadas à assistência hospitalar e garantir o seu rápido diagnóstico e tratamento, quando a prevenção não for possível”, afirma a infectologista e mestre em Saúde Pública, Isabella Albuquerque, do HSVP. “O controle efetivo e contínuo fez com que consigamos trabalhar com índices bastante baixos de infecção hospitalar”, relata Isabella.