A decisão sobre a compra da Casa de Saúde Santa Lúcia pelo Grupo Amil foi adiada nesta quarta-feira (11) pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). As informações são do “Portal Exame”. A suspensão aconteceu devido a um pedido de vista feito pelo conselheiro Marcos Paulo Veríssimo. O relator do processo, conselheiro Elvino Mendonça, votou pela reprovação da operação, a não ser que a Amil se desfaça do porcentual – confidencial – de seu capital na Medise, do Grupo FMG, que também controla a Rede DOr na capital fluminense. Os conselheiros Ricardo Ruiz e Alessandro Octaviani votaram com o relator, enquanto Carlos Ragazzo não antecipou voto, mas se declarou “simpático” ao relatório. Segundo Mendonça, a concentração no ramo de serviços médicos hospitalares na cidade do Rio de Janeiro abre a possibilidade de conduta orquestrada entre as quatro maiores redes de hospitais, que dominam mais de 75% desse mercado. Ele também destacou que o mercado relevante geográfico dessa aquisição se situa na área mais nobre do Rio de Janeiro, aquela com maior renda per capita e com demanda de serviços mais especializados, o que dificultaria a entrada e estabelecimento de novos concorrentes.