Pesquisadores da Brown University divulgaram no journal Neuron, um novo sensor cerebral wireless e com baixo consumo de energia. A tecnologia em saúde é desenhada para permitir uma pesquisa neurocientífica que não seja dependente de cabos para a investigação.

Experimentos feitos pela equipe confirmaram a nova capacidade. Os resultados mostram que o devoce transmitiu dados ricos e neurocientificamente significativos de modelos animais, enquanto em diferentes atividades, como na realização de atividades físicas ou no sono.

“Nós vemos esta plataforma como uma forma de envio de sinais elétricos ricos em atividades de comportamento natural, não restrito a um espaço em particular. Isso permite que novos tipos de experimentos sejam feitos com uma vasta quantidade de dados cerebrais.”

A plataforma neuroeletrônica é composta de dois elementos: um transmissor de 100 canais com 5 centímetros e cerca de 46,1 gramas, mas pode transmitir dados de até 200 megabits por segundo e um receptor com quatro antenas que parecem um roteador de Wi-Fi, mas emprega um processador de sinais para maximizar o sinal do transmissor, enquanto o sujeito se move. O transmissor se conecta a um eletrodo implantado que detecta a atividade dos neurônios no cortex. O transmissor wireless é compatível com tipos diferentes de sensores cerebrais.

O sensor vai abrir oportunidades para o desenvolvimento de tratamentos com neuropróteses em ambientes naturais e irrestritos, disse o co-autor Grégoire Courtine, um professor da École polytechnique fédérale de Lausanne que colaborou com o grupo de pesquisadores de Brown.

Eles fizeram experimentos para testar se o sistema poderia alcançar a performance dos sistemas a cabo. Eles também se apoiaram em duas tarefas comportamentais para garantir que teria padrões neurais. Em um experimento, três macacos Rhesus caminharam em uma esteira, enquanto pesquisadores usaram o sistema wireless para medir sinais neurais associados a comandos de movimento cerebrais. Enquanto isso, eles usaram outros sensores para medição da atividade da perna. O dado mostrou padrões claros de atividade relacionados ao movimentos dos músculos, mostrando que o sensor pode servir para este tipo de análise.

“Nós esperamos que o sensor wireless vai mudar o paradigma canônico da neurociência, permitindo que cientistas explorem o sistema nervoso em um contexto natura e sem o uso de cabos integradores.”, os pesquisadores concluíram.