Cerca de 86% dos brasileiros com acesso à internet utilizam a rede para buscar orientações sobre saúde, remédios e suas condições médicas. Esta foi a constatação de pesquisa realizada pela Bupa Health Pulse, empresa inglesa de seguro-saúde para expatriados desde 1971.

Os dados da pesquisa revelam que 68% dos brasileiros buscam online informações sobre medicamentos, 45% procuram se informar sobre hospitais e 41% querem conhecer na internet experiências de outros pacientes com determinado problema de saúde. No entanto, somente um quarto das pessoas verifica as fontes das informações de saúde disponíveis na internet.
O estudo entrevistou 12.262 pessoas em 12 países, sendo 1.005 brasileiros, e foi implementada pelo instituto independente Ipsos MORI. Além do Brasil, participaram da pesquisa a Austrália, China, França, Alemanha, Índia, Itália, México, Rússia, Espanha, Reino Unido e EUA. No Brasil, a idade da amostra foi representativa da população até 50 anos.
Os resultados mostraram que a maioria (57%) dos brasileiros gostaria de poder renovar suas prescrições de tratamentos pela internet, enquanto 55% gostariam de usar a rede para marcar as consultas e 54% mostram interesse em acessar seus prontuários médicos ou resultados de testes online. Atualmente, 23% marcam consultas, acessam seus prontuários médicos e resultados de testes pela internet.
Segundo o levantamento, com smartphones e tablets em vias de superar as vendas de computadores pessoais em 2012, não só existem mais informações online como também mais formas de acessá-las. Um relatório encomendado pela Bupa à London School of Economics (LSE) e divulgado hoje revela que as pessoas terão dificuldades para selecionar o conteúdo, já que não verificam a fonte das informações.
Para o pesquisador sênior da LSE, David McDaid, é necessário conferir as fontes para atestar a qualidade do conteúdo. “Nesse sentido, vale verificar quem é o autor ou organização responsável pelo website e checar quando as informações foram atualizadas pela última vez,” alertou em comunicado.
Achados globais da pesquisa Bupa Health Pulse:
? Entre os 12 países pesquisados, oito de cada 10 pessoas (81%) com acesso à Internet a utilizam para procurar orientações a respeito de sua saúde, remédios ou condições médicas.
? Os russos são os que mais pesquisam tais informações na Internet (96%), seguidos pela China (92%), Índia (90%), México (89%) e Brasil (86%). Os franceses são os que menos utilizam pesquisam informações de saúde (59%).
? As mulheres são mais propensas (86%) a usar a Internet para questões de saúde do que os homens (77%).
? 68% usaram a Internet para buscar informações sobre algum medicamento, sendo o diagnóstico o segundo uso mais popular (46%). 39% usam-na para buscar a experiência de outros pacientes.
? Os EUA e o Reino Unido apresentam maior tendência do que qualquer outra nação a procurar informações online para diagnóstico (58% de ambas as populações), seguidos por China e Rússia (ambas 56%).
? As pessoas mais jovens (18-24 e 25-34) usaram mídias sociais para se informar sobre questões de saúde – aproximadamente um quarto deste grupo etário publicou comentários/perguntas ou usou sites como o Facebook ou o MySpace para este fim. A porcentagem se reduz com a idade.
? Mais pessoas na Índia (email: 36%, texto: 35%) e México (email: 38%, texto: 35%) mandam emails e torpedos para o médico do que em qualquer outro país.
? Mais da metade (56%) declaram que gostariam de poder acessar seus registros médicos, seguidas daquelas que gostariam de marcar consultas (48%) e encomendar a reposição das receitas (47%) pela Internet.
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