Pesquisa realizada por meio do Departamento de Ouvidoria do Ministério da Saúde indica que 86% da população brasileira apóiam a venda fracionada de medicamentos. O estudo foi realizado em 276 municípios das cinco regiões do país. Dos 1.406 entrevistados, apenas 14% afirmaram ser contra a medida. Entidades médicas, associações de farmacêuticos e representantes da sociedade civil organizada também já se declararam favoráveis à medida. O fracionamento de medicamentos foi autorizado pelo decreto presidencial número 5.348. Ele determina que o parcelamento da medicação seja feito exclusivamente por farmacêutico habilitado em local adequado. A ação garante que o consumidor adquira o produto na dose certa, de acordo com a prescrição médica, proporcionando segurança e economia, pois evitará o armazenamento em casa. A medida ainda será regulamentada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que realiza consulta pública até o próximo 3 de abril, para que a sociedade possa opinar sobre as novas regras.
Na pesquisa, dos entrevistados que se afirmaram a favor da medida do governo federal, a maior aprovação foi registrada entre aqueles cujas famílias ganham entre um e dois salários mínimos (88%), e menor entre os que ganham mais de 20 salários mínimos (74%).
Homens e mulheres votaram de forma semelhante (83% e 82%, respectivamente) e a medida recebeu aprovação de 79% entre os entrevistados com mais de 50 anos. Pessoas com diferentes níveis de educação também aprovaram a medida (81%, tanto entre os que têm até a quarta série do ensino fundamental quanto entre aqueles com formação universitária).
Quando questionados se acreditavam que a venda fracionada ou avulsa irá diminuir a automedicação, já que o usuário não precisará estocar mais medicamentos, 57% dos entrevistados responderam que sim – contra 43% que acreditam que a medida não afetará os hábitos de automedicação.
Os entrevistados se mostraram otimistas com relação à redução de custos para o consumidor: 60% acreditam que os preços dos medicamentos vão cair; 26% acham que vão aumentar; e 14% consideraram que os valores dos medicamentos ficarão no mesmo patamar.
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