Especializada em soluções TI que conectam indústrias farmacêuticas, distribuidoras de fármacos e as próprias drogarias (varejo), a Pharmalink, empresa do grupo brasileiro InterPlayers, discute planos de expandir suas operações para fora do Brasil até 2014. A ideia é levar soluções para países em que o modelo de saúde ? e portanto de distribuição de medicamentos ? seja semelhante ao brasileiro.
?Fomos convidados por algumas indústrias parceiras a ir para países da América Latina: Colômbia, México, Argentina e Venezuela?, explica Fernando Cascardo, diretor da Pharmalink. ?A facilidade para estes países é que você pode operar daqui [do Brasil]. A questão de tradução não é tão complicada. O mais complexo é entender a realidade dos mercados locais.?
Segundo o executivo, embora seja um forte aposta da empresa, a expansão internacional não é apressada. A ideia é seguir o ritmo de demanda dos parceiros multinacionais da Pharmalink, principalmente da indústria, de modo que a mudança no modelo de relacionamento não cause grande impacto entre os outros membros da cadeia.
Nacional
Atualmente, a Pharmalink integra cerca de 50 mil farmácias e 200 distribuidores do Brasil em sua rede. A empresa não revela o faturamento anual, mas diz que nos últimos dois anos ultrapassou R$ 8 bilhões em solicitações comerciais entre o ponto de venda e fabricantes de medicamentos, cosméticos e produtos de higiene pessoal.
Cascardo aposta no crescimento anual estimado em 11% do mercado farmacêutico brasileiro. Além do bom momento, o mercado nacional de fármacos difere do de outros países: aqui as grandes redes de drogarias controlam apenas 25% das 60 mil farmácias do País.
As soluções desenvolvidas pela Pharmalink, baseadas no modelo de software como serviço (SaaS), prometem maior controle e conhecimento para a indústria em relação ao ponto de venda em que atua. Além das drogarias independentes, o Brasil é rico em redes regionais. Segundo Cascardo, o sistema da Pharmalink está nas grandes redes e nas pequenas e médias farmácias, ou 95% de cobertura do varejo.
O Grupo InterPlayers congrega duas companhias: a Pharmalink (fundada em 2002) e a Ponto Extra (2004). Esta última é especializada em outsourcing de equipes para pontos de venda, clínicas, médicos e hospitais que não possuem pessoal para atividades de promoção médica e suporte. Ao todo são cerca de 700 profissionais empregados pelo grupo.
Para Cascardo, os bons resultados da empresa nos últimos anos se deve à ?transformação muito peculiar do setor nos últimos 10 anos, após a entrada dos genéricos no mercado brasileiro. O mercado cresceu em tamanho e número de opções e players. A indústria farmacêutica, antes focada na geração de demanda vinda do médico, sentiu a necessidade de se aproximar também do varejo, e entendeu que a demanda também vem do consumidor, e se efetiva na farmácia?.
Brasileira Pharmalink prepara expansão na América Latina
Soluções da desenvolvedora interligam farmacêuticas, distribuidoras e drogarias; modelo pode ser exportado para países em que sistema de saúde seja semelhante ao brasileiro, diz Fernando Cascardo, diretor da empresa
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