É consenso entre os empresários brasileiros de que o País está em pleno desenvolvimento econômico e, dessa forma, existem inúmeras oportunidades em diversos setores da economia. Segundo o superintendente corporativo do Hospital Sírio-Libanês, Gonzalo Vecina, para aproveitar “esse momento mágico” é preciso que a sociedade brasileira mude sua visão com relação ao papel do Estado.

“A sociedade precisa repensar o Estado de bem estar social. Não adianta ficar em discussões simplistas como se a volta da CPMF, por exemplo, fosse resolver os problemas da Saúde”, afirmou Vecina durante Seminário sobre as Perspectivas do setor nesta quarta-feira (16), em São Paulo.

Na opinião do executivo, a cultura de gestão do Brasil é péssima e precisa ser mudada agora – momento em que as condições são favoráveis para isso. Vecina pautou seu discurso sobre cinco tendências publicadas em artigo pelo ex-ministro da Fazenda Rubens Ricupero. São elas: 

  • Revolução demográfica. “Apesar de o Brasil possuir um bônus demográfico com grande faixa populacional entre 15 e 45 anos, essa vantagem tem data de vencimento. Daqui 30 anos, a população passará de jovem para velha”. disse Vecina.
  • Explosão das commodities
  • Novo panorama energético
  • Fim da urbanização selvagem
  • Mudanças climáticas. Único aspecto negativo elucidado por Ricupero.

De acordo com o superintendente, o voto consciente perpassa pela mudança de visão por ele enfatizada. “O dinheiro, não só para a Saúde, mas para todos os demais setores, vai sair do bolso dos cidadãos. A sociedade brasileira precisa sofrer uma reengenharia, e, para isso, as discussões se fazem necessárias”, afirmou.

O programa de saúde da família e o Sistema Único de Saúde (SUS) são duas grandes oportunidades para repensar a Saúde do País, segundo ele.

“Antes é preciso conhecimento. Não podemos confundir estatal com público por exemplo”, enfatizou.

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