Em pronunciamento hoje na 58ª Assembléia Mundial da Saúde, em Genebra, na Suíça, o ministro da Saúde, Humberto Costa, reclamou dos altos custos dos novos medicamentos anti-retrovirais e disse que o Brasil pode recorrer ao licenciamento compulsório (quebra de patente) caso os preços comprometam a universalização do tratamento da Aids. O ministro disse que, esse ano, foi necessário aumentar a previsão orçamentária em 50%, com relação a 2004, para a compra de medicamentos. O custo chegou a US$ 322 milhões e sobrecarregou o orçamento do Ministério.
Para manter sua política de combate à Aids, o país abriria mão das flexibilizações previstas no acordo de Trips e na Declaração de Doha.
Em março, o Ministério da Saúde solicitou a licença voluntária a três laboratórios, cujos medicamentos correspondem a dois terços do valor do tratamento. Caso o pedido não seja aceito, haverá quebra de patente.
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