No final do ano de 2014, a Interfarma anunciou que a balança comercial do setor farmacêutico encerrou o ano deficitária e, ao que parece, o ano de 2015 não deve ser diferente.
No entanto, a venda de produtos farmacêuticos para mercados externos aumentou nos últimos anos e o Brasil passou da 65ª para 61ª posição no ranking mundial da participação de medicamentos na pauta de exportações.
Em 2004, tínhamos 0,41% de marketshare nas exportações totais e este número passou para 0,66% em 2013, evidenciando o aumento, mas, ainda, deixando muito a desejar, principalmente se compararmos o índice à média mundial do mercado, de 2,8%. De janeiro a dezembro, foram exportados US$ 1,3 bilhão em medicamentos e US$ 673,6 milhões em insumos farmacêuticos (usados para produzir remédios). Já as importações de medicamentos, no mesmo período, foram de US$ 6,84 bilhões e de insumos, de US$ 2,82 bilhões. Os dados de 2014 ainda não foram calculados.
Entre os maiores exportadores, temos Suíça, Irlanda, Chipre, Dinamarca e Bélgica, que aparecem com 27,2%, 24,7%, 15,9%, 11,5% e 10,4%, respectivamente. O Panamá aparece em primeiro por ser um Hub do comércio internacional. As tabelas a seguir mostram o histórico brasileiro e a liderança mundial:
“Ainda existem muitos entraves que prejudicam a competitividade do setor farmacêutico brasileiro no mundo. Precisamos de uma política mais efetiva de incentivo à inovação, com aproximação entre empresas e universidades, menos morosidade nas aprovações de pesquisas e medicamentos, além de uma carga tributária menor”, afirma Antônio Britto, presidente da Interfarma (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa).