O Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da USP desenvolveu o protótipo de um aparelho que faz imagens do calor segundo sua intensidade, utilizado para diagnósticos médicos de tumores, lesões por esforço repetitivo e diabetes. A câmara de teletermografia, como é denominada, deve começar a ser testada em hospitais em fevereiro, e poderá ser comercializada por cerca de US$ 12 mil. Atualmente, o Brasil importa o equipamento por US$ 60 mil. As informações são da Agência USP. Segundo o professor Luiz Antonio de Oliveira Nunes, responsável pelo aparelho, o tumor e a inflamação aumentam o metabolismo e o calor da área afetada, o que é detectado pelo equipamento. Quanto ao diabetes, o sistema detecta a redução de circulação sanguínea, pela falta de calor, em membros que podem ser prejudicados.
O equipamento consiste em uma câmara que capta à distância as ondas infravermelhas emitidas pelo corpo. Esses sinais são analisados e transformados em imagem, que se forma na tela do computador conectado ao aparelho. As cores produzidas não são reais, variando conforme a temperatura.
Uma das vantagens desse sistema é que não emite radiação, como os exames de raio-X. A tecnologia também apresenta potencial de uso na indústria, para monitoração de consumo de energia em motores, por exemplo.
Brasil desenvolve tecnologia para diagnóstico por calor
Pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos da USP estão trabalhando para criar o equipamento em substituição a similares importados
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