De acordo com o Inca em últimos dados divulgados, a estimativa era de 49.530 novos diagnósticos da doença por ano, no Brasil. Trata-se do sexto tipo de câncer mais comum no mundo e o mais prevalente em homens. A boa notícia é que as chances de cura são elevadas, especialmente quando o diagnóstico se dá na fase inicial. Além disso, os avanços tecnológicos possibilitam tratamentos eficazes, como a braquiterapia. A técnica é uma espécie de radioterapia. “Ela utiliza cápsulas de radiação que são implantadas no interior da próstata e liberam doses de radiação sobre o tumor de forma que órgãos e tecidos sadios que o rodeiam sofram o menor impacto possível durante o tratamento”, conta o médico Eriston Wendt Uhmann, diretor do Hospital Urológico de Brasília, primeira instituição da capital federal a oferecer o tratamento e sétima do País. A braquiterapia pode evitar que a próstata seja retirada. “Além disso, ela exige um pequeno tempo de internação (no máximo 24 horas) e oferece menor risco de impotência sexual após o tratamento, se comparada à cirurgia tradicional”, lembra o diretor do Hospital Urológico de Brasília. Outra boa notícia é que a atividade sexual do paciente pode ser retomada cinco dias depois do implante. Vale ainda destacar que o uso dos materiais radioativos na braquiterapia é sempre seguro, desde que tomadas as medidas de garantia necessárias. “Cada cápsula tem, individualmente, pouca energia. Portanto, pode ser manipulada com segurança”, conta o médico.