Explosão dos custos na área impulsiona adesão a modelos de terceirização, com a meta de ampliar produtividade e estimular saúde dos funcionários
Os modelos de Business Process Outsourcing (BPO) ganham evidência no mercado brasileiro, permitindo às empresas direcionar mais esforços para sua atividade-fim, ao entregar a parceiros a tarefa de executar tudo aquilo que não faz parte e/ou não esteja relacionado ao foco do negócio. O setor financeiro consome mais de 40% dos R$ 12 bilhões movimentados por serviços de BPO no Brasil, mas esse conceito começa a estender-se para áreas como a saúde, que hoje representa a segunda maior despesa das companhias brasileiras, superada somente pela folha de pagamento.
Grandes corporações como Whirpool, CNS, Vivo, Santander e Votorantim já apostam no conceito de BPO customizado para a saúde, investindo em parcerias com empresas como a AxisMed, que integra o Grupo Telefônica.
“Somos especialistas em Gestão de Saúde Populacional (GSP), com a meta de estimular, no mercado corporativo, a prevenção e o autogerenciamento da saúde entre funcionários e colaboradores. Trabalhamos para reduzir índices de absenteísmo, melhorar a produtividade e, consequentemente, diminuir os custos com consultas médicas e internações desnecessárias”, observa o diretor executivo Fábio de Souza Abreu.
Como funciona?
O primeiro passo do trabalho é mostrar às operadoras e empresas onde estão concentradas suas despesas em saúde – estima-se, por exemplo, que os doentes crônicos representem 15% do total de uma determinada população (empresa ou operadora de saúde), mas respondam por 70% dos gastos assistenciais.
“Após um minucioso estudo, identifica-se o grupo de pessoas apto a participar de programas de GSP, o que varia de acordo com a necessidade e resultados obtidos na avaliação completa desses pacientes (faixa etária, histórico de consultas, internações e também de doenças na família, entre outros dados relevantes), os quais são inseridos no software ePraxis”, explica Abreu.
Em seguida ocorre o contato com o paciente. A AxisMed confirma o diagnóstico e prepara um plano de ações para estimulá-lo a melhorar sua condição de saúde. A partir daí, é realizado um acompanhamento sistemático por meio de contatos telefônicos, verificação da aderência aos tratamentos indicados e, dependendo da gravidade, visitas regulares de enfermeiros. As iniciativas incluem envio de e-mails e SMS’s motivacionais, fóruns e chats na internet; atendimento por call center e newsletters com dicas de saúde. “A partir desse monitoramento, incentivamos os profissionais a abolir os maus hábitos e olhar com mais zelo para sua saúde”, ressalta Abreu.