O laboratório alemão Boehringer Ingelheim anunciou na última sexta-feira (06) que parou de desenvolver o “Viagra feminino”, pois não conseguiu convencer as autoridades reguladoras dos Estados Unidos (EUA) de que a pílula seria capaz de estimular a libido.
“A decisão não foi fácil, considerando o estágio avançado do desenvolvimento”, disse o executivo-chefe do laboratório, Andreas Barner.
Havia grande expectativa quanto ao sucesso comercial da pílula, voltada para mulheres antes da menopausa com uma redução persistente e inexplicável do desejo sexual.
Ele seria uma resposta feminina ao Viagra, a famosa pílula azul da Pfizer para os homens. Mas a libido feminina se mostra mais difícil de ser manipulada com medicamentos.
Consultores do governo norte-americano disseram em junho que a pílula cor de rosa da Boehringer, baseada na substância flibanserin, tinha resultados insatisfatórios e gerava riscos inaceitáveis. Quase 15% das mulheres pararam de tomar os comprimidos antes do final do estudo, devido a efeitos colaterais como depressão, desmaios e fadiga.
O FDA (órgão que avalia medicamentos nos EUA) pediu mais explicações à Boehringer, e o laboratório disse que isso foi decisivo na sua decisão de interromper o projeto.
*Com informações da Agência Reuters
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