Doenças crônicas são um desafio para produtores de drogas e devices: criar um produto que reduza a dor a que seja resistente por um certo período de tempo é ainda bastante complicado.
Para quem tem disfunção temporomandibular, uma boa notícia vinda do FDA. Foi aprovado o TMJ NextGeneration, uma “prótese” para aumentar o volume do canal auricular quando a mandíbula está fechada, desencorajando o usuário a pôr mais pressão sobre a área.
Em um teste clínico, o device foi bem aceito, mas o Instituto Nacional de Pesquisa Dentária e Craniofacial dos EUA indicou o uso do equipamento por curtos períodos de tempo até que mais estudos sejam realizados.
“Eles não podem ser usados enquanto o indivíduo come e também podem afetar a fala. Geralmente, são usados à noite, enquanto o paciente dorme”, disse Dr. Roger Wixtrom, pesquisador chefe.
Este device proporcionou redução de 46% da dor, número bastante significativo para doenças crônicas, após um mês de testes clínicos e, até 58% de redução, após 3 meses de uso. O tamanho do canal é expandido em até 20% e o processo é feito por um audiologista, profissional equivalente a um fonoaudiólogo no Brasil, que deve tirar um molde do canal auditivo do paciente e, então, enviar para a empresa, que cria um molde personalizado. O processo é similar ao de produção de moldes para próteses auditivas.
Só nos Estados Unidos, mais de 35 milhões de pessoas apresentam disfunção temporomandibular e a maioria é concentrada no sexo feminino e na faixa etária entre 20 e 40 anos.
A empresa foi fundada em 2013 e levantou $ 2 milhões de um único investidor em janeiro de 2014, indicando que pode render bons produtos para a área e, quem sabe, criar novos produtos para disfunção temporomandibular.