O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) apoiará com R$ 2 milhões a recuperação do edifício do Hospital Escola São Francisco de Assis (HESFA), no Rio de Janeiro. A operação foi aprovada no âmbito do programa BNDES Procult, com recursos não reembolsáveis, provenientes do Fundo Cultural do Banco.

Segundo a revista Fator, a instituição responsável pelas obras será a Fundação Universitária José Bonifácio, organização sem fins lucrativos. O estado de deterioração e o aparente abandono do hospital são os principais motivos para a realização das intervenções emergenciais. O prédio, pertencente à UFRJ, é composto de treze edificações, sendo sete delas tombadas pelo IPHAN. Fundado em 1876, possui alto risco de desabamento.

O projeto prevê a recuperação total das edificações mais antigas – as sete tombadas -, e irá recompor toda a estrutura de sustentação comprometida, incluindo a das varandas dos prédios três e sete, que estão interditadas. Além disso, estão previstos serviços de descupinização, pintura e limpeza, substituição do piso, recolocação das telhas e reestruturação da rede elétrica, que apresenta riscos de curto-circuito. Durante o processo, serão gerados cerca de 30 empregos diretos.

O imóvel foi construído na segunda metade do século XIX, com o intuito de abrigar mendigos. Mais tarde, sediou a primeira escola de enfermagem do Brasil. Com a mudança das atividades acadêmicas para a Ilha do Fundão, o prédio ficou abandonado por muitos anos. Reativado logo após as fortes chuvas de 1988, hoje o HESFA desempenha papel essencial nos âmbitos social e da saúde.

A instituição é um centro de reabilitação de portadores de deficiência física e neurológica e referência nacional na pesquisa e tratamento de pessoas de baixa renda portadoras do vírus HIV, atendendo cerca de 20 mil pacientes por mês. O HESFA também oferece cursos de enfermagem.

Ainda de acordo com a reportagem, além da recuperação de um patrimônio histórico brasileiro, o apoio do BNDES tem como objetivo incentivar a revitalização urbanística da Cidade Nova, especialmente no eixo que liga a Praça Onze ao Centro Administrativo São Sebastião. Os eventos esportivos que o País sediará em 2014 e 2016 demandam a recuperação desta zona da cidade, sobretudo próximo ao Porto do Rio, onde estarão os Centros de Imprensa e de Informática durante as Olimpíadas.

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