Inovação para crescer é a receita da farmacêutica brasileira Biolab, que faturou R$ 760 milhões em 2011 e persegue bater R$ 1 bilhão até 2014. Pouco tempo depois de anunciar ao mercado a parceria com o laboratório italiano Menarini para comercializar medicamentos desenvolvidos pela indústria europeia, o diretor médico da Biolab, Fernando Fernandes, recebeu o Saúde Web em seu escritório e detalhou as estratégias de negócios da companhia, que lidera a venda, sob prescrição médica, de medicamentos cardiovasculares.
E a troca de expertises entre outras empresas e instituições de ensino é exatamente uma das iniciativas para o aumento de capilaridade. Na área cardiovascular, a Biolab possui, por exemplo, parceria com a AstraZeneca, que nasceu a partir da fusão da empresa sueca Astra AB, com o Zeneca Group PLC, do Reino Unido.
O medicamento Pantogar, um dos carros-chefe da farmacêutica, é decorrente de um acordo com a farmacêutica alemã Merz.
?Se você não juntar, você não sobrevive?, ressalta Fernandes. Na visão do diretor-médico, o Brasil ainda precisa evoluir no diálogo entre indústria e academia.?A academia vê a indústria como o primo rico. E a indústria pensa que a academia não faz mais que a obrigação?.
Atualmente, no ranking global das indústrias farmacêuticas, a Biolab aparece em 13º lugar e, em 4º, entre as nacionais. ?Devemos subir entre duas ou três posições, ainda este ano, no mercado em geral?, diz Fernandes.
De acordo com o executivo, a empresa é o laboratório brasileiro que mais investe em Pesquisa e Desenvolvimento e Inovação (PD&I) ? cerca de 10% do faturamento anual total.
Além da inovação, o forte investimento em força de vendas é outro diferencial, segundo Fernandes. ?São realizadas 220 mil visitações médicas por mês. Atingimos todos os cardiologistas do Brasil?, conta.
Produtos
Nove produtos estão previstos para serem lançados este ano, entre cardiovasculares, ginecológicos e dermatológicos. Além disso, seis pesquisas clínicas também vão ser iniciadas em 2012.