A neurocirurgia da Beneficência Portuguesa de São Paulo realizou um  procedimento de ressecção tumoral guiado por neuronavegação associada à tractografia, em região de fossa posterior. Além de preservar a funcionalidade cerebral e de permitir a ressecção total do tumor, o procedimento pode reduzir o tempo de cirurgia em até 50% e, consequentemente, minimizar os índices de morbidade, além de haver a possibilidade de eliminar a necessidade de aplicações de quimioterapia e radioterapia, após a alta hospitalar.

A tractografia, sistema que faz o mapeamento das fibras nervosas, foi usada durante a cirurgia neuronavegada de tumor em fossa posterior, permitindo que as vias nervosas localizadas próximas à lesão fossem preservadas durante o procedimento, o que garantiu a manutenção dos aspectos funcionais do paciente.

Tradicionalmente, procedimentos cirúrgicos de fossa posterior provocam pequenos deslocamentos das estruturas cerebrais, que interferem nas referências da navegação e podem comprometer a preservação dos sistemas funcionais.

De acordo com a neurocirurgia da instituição, Giselle Coelho, com a  tractografia, o deslocamento estrutural foi insignificante, não interferindo na execução do procedimento nem em seu resultado, mesmo com o paciente de bruços, estado que altera a posição cerebral.

Giselle diz ainda que o mapeamento das fibras neurológicas, realizado com a tractografia de fossa superior, permitiu que a equipe de cirurgiões tivesse acesso a todas as referências de localização, garantindo que o tumor fosse eliminado em sua totalidade, indo ao encontro da principal premissa da neurocirurgia oncológica, a ressecção tumoral total com máxima preservação funcional.