A BBI Financial — antiga Burril Brasil Gestão de Recursos —, especializada em saúde, acaba de investir cerca de R$30 milhões na aquisição de parte da Rede Placi, cuja primeira unidade foi inaugurada em Niterói, no Rio de Janeiro, em meados de 2013. O investimento foi feito após uma expressiva análise de como o segmento funciona nos países desenvolvidos e no Brasil. O conceito inédito que o Placi traz ao País são os cuidados extensivos. Pacientes com doenças crônico-degenerativas — na maior parte das vezes, idosos — e que precisam de reabilitação ou cuidados de fim de vida, receberão um tratamento que prioriza qualidade de vida e redução do sofrimento físico, social e emocional. Hoje, não há nada no País com este enfoque.
“Não temos, no Brasil, nenhum serviço similar ao Placi. Havia uma demanda reprimida para cuidados extensivos, que será parcialmente absorvida por esta equipe. São pessoas com longa experiência no mercado nacional de saúde, que estão oferecendo um serviço pioneiro e inovador”, comenta João Paulo Baptista, CEO da BBI Financial.
O próximo mercado a ser avaliado para novos investimentos da BBI Financial no Placi é São Paulo. O fundo pretende anunciar até o fim de 2014 novas unidades na capital paulista, para, posteriormente, investir em outras capitais brasileiras. “Nosso objetivo é investir de forma orgânica, construindo novas unidades, e inorgânica, comprando estruturas similares que não têm a qualidade Placi e adaptando-as ao nosso perfil”, finaliza o CEO da BBI Financial, João Baptista, informando ainda que serão investidos, ainda este ano, cerca de R$30 milhões em treinamento e capital de giro, através de recursos próprios e alavancados.
O crescente aumento da expectativa de vida no Brasil e a deficiência de leitos oferecidos pelos hospitais no País são oportunidades que o Placi e a BBI Financial pretendem aproveitar. “Em 2000, estudos apontavam para 22% da população com idade de mais de 60 anos em 2050. Hoje, esta estimativa aponta para 30%. A Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) estima que o país precise investir em torno de R$ 5 bilhões nos próximos cinco anos para suprir a carência de 14 mil leitos hospitalares estimados pela entidade”, acrescenta João, informando que o fundo pretende alcançar, até 2018, de 600 a 800 novos leitos.
Para o diretor do Placi, Fernando Boigues, trata-se de um modelo onde todos os lados saem ganhando. “Ao oferecemos um serviço diferenciado, no qual, o paciente é a prioridade, atingimos melhores resultados clínicos, o que gera menos custo às operadoras”, explica.