As festas de fim de ano e o período de férias estão chegando, e, com eles, a queda dos estoques de sangue nos hospitais. Por esse motivo, o Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) está fazendo uma campanha de conscientização de doação de sangue, para suprir suas necessidades, principalmente nos procedimentos complexos do hospital, como transplantes hepáticos – 90% deles feitos pelo Sistema Único de Saúde.
De acordo com o hematologista José Mauro Kutner, coordenador do Banco de Sangue do Einstein, doar sangue é doar vida. Com apenas uma bolsa de sangue doada – 450 ml, o equivalente a menos de 13% do total do sangue do corpo de um adulto – é possível beneficiar quatro pessoas. Dela, tiram-se quatro subprodutos: hemácias, plasma, plaquetas e crioprecipitado. As hemácias são o carro-chefe do consumo.
No Einstein, 60% dos estoques do banco de sangue vêm de doadores habituais. Mas, segundo o coordenador do Banco de Sangue, isso não quer dizer que o volume estocado é constante. Geralmente, quando o fim de ano se aproxima e no período de férias, o estoque cai abruptamente e os problemas aumentam.
“Podemos ter um estoque adequado às necessidades de hoje, mas isso não é garantia de que teremos amanhã”, diz Kutner. “Nossas necessidades crescem a cada dia conforme aumenta o número de procedimentos mais complexos”, acrescenta.
Segundo o especialista, muitas pessoas têm medo de sentir dor ou de adquirir algum tipo de doença durante a transfusão. “Isso não tem fundamento”, ressalta.