Mulheres na pós-menopausa que consomem pouco cálcio estão expostas a um risco maior de desenvolver hipertensão, conjuntamente com osteoporose, em comparação àquelas que consomem uma quantidade maior de cálcio por semana. Esta foi a principal conclusão do estudo apresentado por Maria Manara, professora do Departamento de Reumatologia do Instituto Gaetano Pinini, em Milão, Itália, durante o Eular 2010, o Congresso Anual da Liga Européia contra o Reumatismo. O estudo italiano acompanhou 825 mulheres na pós-menopausa com hipertensão. Neste grupo, 35,4% das mulheres que consumiam uma menor quantidade de cálcio – um baixo nível de consumo de cálcio significa a ingestão de menos de 8 porções de 300 mg de cálcio provindas de fontes lácteas por semana – tiveram o diagnóstico simultâneo de hipertensão e osteoporose, em comparação às participantes do estudo, 19,3%, que consumiam uma maior quantidade de cálcio – um alto nível de consumo de cálcio foi atribuído às mulheres que consumiam 15 porções de 300 mg de cálcio a partir de fontes lácteas, semanalmente – e apresentavam apenas o diagnóstico de hipertensão. O estudo italiano indica que pode haver uma relação entre a hipertensão e a baixa massa óssea e que uma baixa ingestão de cálcio pode ser um fator de risco para o desenvolvimento da osteoporose em mulheres na pós-menopausa.
Dr. Sergio Bontempi Lanzotti, reumatologista, diretor do Instituto de Reumatologia e Doenças Osteoarticulares (Iredo).
http://www.iredo.com.br