?O envelhecimento chegou 20 anos antes para gente?. A afirmação da presidente da União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde (Unidas), Denise Rodrigues Eloi de Brito, ilustra bem o desafio do segmento de autogestão no Brasil. Segundo a executiva, na Unidades, cerca de 23% dos beneficiários são idosos, contra uma população nacional idosa de 12,4%, de acordo com dados do IBGE. ?Nossa pirâmide etária já é igual ao que está previsto para ocorrer em 2030 no Brasil?, acrescentou Eloi de Brito, que participou nesta quinta-feira (3/10) de outubro, do Congresso Nacional de Hospitais Privados, realizado em São Paulo. Para ela, o Brasil entra no século XXI com uma demanda por saúde e com um sistema vigente que pode ser datado da metade do século XX. ?Ainda não estamos preparados?, disse a presidente da Unidas, que é uma entidade associativa sem fins lucrativos que representa 11% do mercado de saúde suplementar do país, que hoje conta com mais de 1300 operadoras. ?Não podemos prescindir das ações de atenção à saúde do idoso, precisamos investir em ações de educação, promoção da saúde, prevenção de doenças evitáveis, cuidando o mais precocemente possível?, disse. Eloi de Brito diz que 85% da população idosa brasileira consultou um médico nos últimos 12 meses, o que comprova a necessidade de incorporar essa nova demanda ao sistema. ?Precisamos integrar a saúde assistencial com a saúde corporativa?, opinou.