De acordo com o Mapa da Violência 2012, de autoria do sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz e lançado pelo Instituto Sangari, os acidentes de trânsito nas vias públicas representam a primeira causa de mortes na faixa dos 15 aos 29 anos de idade. Os homens são as principais vítimas, em sua maioria motociclistas. Ao lado das mudanças apontadas no estudo, é importante que, além do atendimento no local do acidente e do exame clínico realizado no pronto-socorro, o acidentado passe por uma bateria de exames radiológicos para pesquisar lesões no corpo. Esses exames são chamados de ‘poli-X’.

“Com certeza, o atendimento realizado imediatamente depois do acidente, com a imobilização adequada para o transporte hospitalar, pode ser determinante em muitos casos, evitando o pior”, diz o doutor Edson Sato, do Centro de Diagnósticos Brasil (CDB), em São Paulo. Quando a vítima já está no ambiente clínico e encontra-se estabilizada, é importante ser submetida aos exames conhecidos como poli-X. “Trata-se de uma bateria de radiografias que tem por objetivo não deixar passar despercebida nenhuma fratura que possa levar o acidentado a óbito por hemorragias secundárias ou acarretar em perda de movimentos por lesão medular – no caso de fraturas da coluna”.

O poli-X reúne radiografias do crânio e da coluna vertebral, do tórax e da bacia, como também de algum outro membro em que recaiam suspeitas de fraturas. “Sempre que alguma dessas radiografias evidencia fratura, a pesquisa continua através de uma tomografia computadorizada. Em caso de suspeita de hemorragia interna, é realizado um estudo ultrassonográfico para pesquisa de hemorragia na membrana que reveste o coração (pericárdio), e também na região do abdome e pélvis. Estudos tomográficos podem ser necessários nos casos de trauma crânio-encefálico e para uma avaliação mais detalhada”, diz Sato.

Fonte: Dr. Edson Sato, médico radiologista do Centro de Diagnósticos Brasil (CDB) – www.cdb.com.br