Ao abrir na manhã de ontem (27) a rodada de audiências públicas para discutir dificuldades do sistema público de atendimento à saúde, o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, destacou que o Poder Judiciário vem se deparando com “situações trágicas no julgamento de ações de cidadãos”, que pedem o atendimento em casos de risco. Os pedidos de acesso aos medicamentos de alto custo, objeto de muitas ações, mostram a fragilidade da assistência global da saúde.
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Ele mencionou o repasse de recursos contra a ausência de leitos e para a concessão de medicamentos de alto custo.
O advogado-geral da União, José Antônio Dias Toffoli, classificou de preocupante o conflito de interesses no setor da saúde. Ele acentua que a União e o Estado reconhecem o direito à vida e à saúde como elementos ligados à Declaração Universal dos Direitos Humanos, o que tem que ser assegurado de acordo com as leis. “As discussões em juízo não vêm abrangendo o que prevê a Constituição”.
O defensor público da União Leonardo Lorea Mattar ressaltou que a exigência do povo no momento é pela efetivação do reconhecimento do seu direito à saúde como está na Constituição. O que, segundo ele, deve ser discutido amplamente para que o atendimento ao cidadão ocorra da melhor forma possível.
O procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, alertou para a gravidade da circulação no país de grande número de medicamentos não-registrados e portanto não reconhecidos pelo Ministério da Saúde, cuja prescrição entende que seja de inteira responsabilidade dos médicos.
Audiência pública classifica SUS como frágil
Defensor público da União, Leonardo Mattar, ressaltou que a exigência do povo é pela efetivação do reconhecimento do seu direito à saúde
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