Em um evento realizado ontem, a Apple anunciou uma plataforma open source para pesquisa médica chamada ResearchKit, integrando com o já lançado HealthKit. A Apple já começou a trabalhar com diversos sistemas na área da saúde para criar aplicativos de pesquisa para doenças específicas e o ResearchKit vai lançar no mês de abril.
“Estamos certos de que o ResearchKit vai ter um impacto profundo em todos nós”, disse Tim Cook, CEO da empresa.
Os primeiros aplicativos da plataforma são focados em doenças como Parkinson, diabetes, doenças cardiovasculares, asma e câncer de mama. O primeiro, de Parkinson, foi criado pela University of Rochester e pela Sage Bionetworks. O aplicativo (foto) reconhece padrões vocais e variações que podem ser indicativos de um estágio inicial da doença.
“Com centenas de milhões de iPhones em uso no mundo, nós vimos uma oportunidade para a Apple ter um impacto ainda maior, empoderando pessoas a participarem e contribuírem na pesquisa médica.”, disse o VP de Operações, Jeff Williams.
Com a permissão dos pacientes, os pesquisadores podem colher pressão sanguínea, peso, níveis de glicose e muitas outras coisas.
O produto vem ajudar uma das fases mais difíceis em uma pesquisa científica: o recrutamento de pacientes adequados para uma pesquisa. Para isso, a Apple fez parceria com 12 instituições de pesquisa, incluindo a Universidade de Oxford e Stanford.
Com o ResearchKit, pesquisadores podem construir um aplicativo para uma doença específica e torná-lo acessível a diversas pessoas que estão fisicamente distantes do laboratório. Os usuários podem colocar os dados após uma confirmação da digital, armazenando dados importantes.
Esta, com certeza, é uma das maiores evoluções em termos de mHealth que já vimos. Fatores como colaboração e alcance em regiões distantes são fundamentais para a construção de uma ciência que entende melhor algumas doenças e pode ajudar, de fato, um maior número de pessoas.