Se perguntarmos quais os melhores lugares para medição de sinais vitais com wearable devices, Steven Leboeuf, presidente e co-fundador da Valencell, dirá que estes são a orelha e “o traseiro”. Soa como piada, mas sua empresa desenvolve licenças de tecnologia para medir batimentos cardíacos, temperatura e respiração por fones de ouvido como os que são utilizados para ouvir música e a aposta da empresa é na medição através da orelha.

Já falamos que o MIT aposta nos hearables, como são chamados os wearable devices utilizados no canal auditivo, para controle de sinais vitais. Ao que parece, agora a Apple e a Intel têm ambições em equipamentos deste tipo também. A Intel demonstrou estar desenvolvendo fontes de recarga de energia para este tipo de equipamento e a Apple apresentou patentes relacionadas a estes devices para medição de sinais em esportes.

Segundo LeBoeuf, o benefício dos hearables está na posição mais estável em que eles se encontram, tirando a interferência de variáveis como a luz solar e o movimento do corpo na medição dos sinais.

Para os desenvolvedores, é mais fácil desenvolver os wearable devices voltados para o punho, por serem maiores e sem tantas especificidades anatômicas como a orelha. Mas a orelha é uma fonte bem mais confiável de dados, produzindo um sinal muito mais perceptível e sem ruídos externos.

Grande parte dos indivíduos já utiliza fones de ouvido ao longo do dia e LeBoeuf afirma que não é necessário o uso deste tipo de device durante todo o dia para ter informações suficientes. Com um preço adequado, é fácil convencer as pessoas a comprar um fone de ouvido que também apresenta funções de saúde.

A aposta para os próximos anos é que teremos vários destes no mercado e a medição será bem mais natural, com fones de ouvido que já usamos e que podem, também, nos dar outros dados.

Qual será o futuro dos wearable devices para o punho? Temos visto que os usuários costumam abandonar o seu uso em até seis meses, esta baixa taxa de angajamento ao longo do tempo será a mesma com os hearables?