O Hospital Samaritano Higienópolis, da Rede Americas, comemora no dia 25 de janeiro 128 anos de existência. Desde sua inauguração, o hospital tem assumido cada vez mais a posição de excelência na saúde, não só oferecendo os tratamentos mais modernos, mas com soluções e iniciativas mais diversas para a melhoria do sistema de saúde.

A tradição e memória da instituição, inaugurada em 1894, já passou por grandes desafios da medicina para dar espaço ao presente, onde os colaboradores conduzem com maestria a missão de atender, acolher e cuidar de seus pacientes.

Em 2021, esteve no ranking entre os Melhores Hospitais do Brasil (Best Hospitals Brazil) e entre os Melhores Hospitais Especializados (Best Specialized Hospitals), pela prestigiada revista norte-americana Newsweek.

Tornou-se uma das primeiras instituições de saúde do Brasil a obter a acreditação da Joint Commission Internacional (JCI), conquistando cinco vezes a recertificação. Consolidou-se também como referência em múltiplos campos, alguns superespecializados como na área de pediatria, neurologia, gastroenterologia, oncologia, ortopedia, cardiologia e transplante renal pediátrico, tendo seu programa acreditado pela JCI.

“O Samaritano Higienópolis segue mantendo sua tradição no cuidado humanizado, acolhimento e sendo referência em alta complexidade. Os anos passam e a instituição permanece sendo motivo de orgulho para pacientes, médicos e colaboradores. Vislumbramos um futuro promissor absorvendo soluções e novas tecnologias acompanhando a evolução da medicina. O hospital ilustra muito bem a possibilidade da tradição e da inovação andarem juntas de maneira sinérgica se adaptando continuamente as mudanças, afirma Maurício Jordão, Diretor Médico da instituição.

Além de ser o maior transplantador renal pediátrico em baixo peso do país, sua expertise nessa área foi reconhecida por editorial na revista Transplantation, uma das mais influentes publicações científicas internacionais. O texto destacou a estratégia e os resultados da unidade em habilitar e acelerar o transplante renal em crianças de baixo peso, com menos de 15 quilos, assim como a organização de uma rede de transplante e a capacitação dos seus profissionais. Neste ano, a unidade se tornou apta para realizar transplante hepático em crianças.

O Samaritano Higienópolis também é reconhecido pela International Bone Research Association (IBRA) como um Centro de Treinamento Internacional para profissionais da especialidade de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial. Existem apenas outros oito centros certificados em países como Áustria, França, Alemanha, Itália, Suíça e Reino Unido.

Quando tudo começou

Inaugurado em 1894, o Hospital Samaritano Higienópolis é um legado do imigrante chinês José Pereira Achao, que, em sua morte, destinou seu patrimônio para a Igreja Presbiteriana fundar um hospital aberto para todas as pessoas, independentemente de origem ou credo religioso. Vitimado pela febra tifoide, Achao precisou se converter ao catolicismo para conseguir ser atendido na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Sensibilizados pelo projeto, um grupo de imigrantes britânicos, norte-americanos e alemães, apoiados por famílias tradicionais da cidade, encamparam a ideia e fundaram o hospital, que hoje pertence ao Americas Serviços Médicos.

A enfermagem, também tem um espaço especial na memória do hospital. O Samaritano foi palco do desenvolvimento da enfermagem leiga e profissionalizada no Brasil. Em 1899, com apenas cinco anos de atividade, o hospital já contava com seis enfermeiras e começava a procurar outras profissionais na Escócia, Alemanha e Inglaterra. Nem sempre era fácil encontrar enfermeiras recém-formadas com interesse e disponibilidade para trabalhar no Brasil durante alguns anos.

O hospital também crescia e foram recrutadas jovens brasileiras para serem treinadas. Depois de um curso básico de três anos, mais prático do que teórico, recebiam o diploma de habilitação como enfermeiras profissionais ou auxiliares de enfermagem expedido pelo hospital. Era um novo campo profissional para as mulheres. A participação das enfermeiras teve um sentido especial nesta trajetória, registrado em cartas, diários, depoimentos, e anotações pessoais, que hoje figuram no acervo do hospital.