A Anvisa acaba de anunciar a proibição do uso de aparelhos artesanais para medir pressão intra-arterial em procedimentos invasivos da área de cardiologia em hospitais e outros serviços de saúde. De acordo com a Agência, os aparelhos, os quais são de baixo custo e feitos a partir de um tubo de vidro graduado no formato de um ?J? e mercúrio, podem expor pacientes e profissionais de saúde ao mercúrio e seus gases, que são cancerígenos. A proibição foi regulada pela Resolução RE nº 16, de 06 de julho de 2004. A medida foi tomada a pedido da Coordenação de Saúde do Trabalhador (Cosat) do Ministério da Saúde, que constatou a utilização destes equipamentos depois de realizar inspeção em hospitais no município de São Paulo (SP) e na região metropolitana de Vitória (ES). Existem atualmente outros equipamentos eletrônicos registrados e reconhecidos pela Anvisa que têm a mesma função do medidor artesanal, sem oferecer risco à saúde do paciente e dos profissionais que o manipulam.
A Anvisa ainda solicitou à Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Saúde e às sociedades brasileiras de Cardiologia, de Hemodinâmica e de Terapia Intensiva para que orientem seus associados. As vigilâncias sanitárias estaduais e municipais deverão adotar medidas para suspender o uso desses aparelhos. A instituição que violar a determinação da Agência poderá sofrer punições das vigilâncias sanitárias estaduais e municipais. As penalidades vão desde advertência até multas, que podem variar de R$ 2 mil a R$ 1,5 milhão.
Anvisa proíbe uso de aparelhos artesanais para medir pressão intra-arterial
De acordo com a Agência, os aparelhos podem expor pacientes e profissionais de saúde ao mercúrio e seus gases, que são cancerígenos
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