A Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) deve regulamentar o processo de reutilização dos aparelhos medidores das próteses mamárias. Os medidores têm de ser esterilizados da mesma forma que qualquer outro instrumento cirúrgico. A decisão foi anunciada pelo gerente-geral de Tecnologia em Produtos para Saúde da Agência, Paulino Araki, em audiência pública na Comissão de Seguridade Social e Família e está relacionada os doze casos de infecção por bactéria em mulheres que fizeram implante de prótese de silicone nas mamas em Campinas (SP), além de outro caso em Porto Alegre (RS). O foco das infecções ainda não foi descoberto, mas a Anvisa prossegue com as investigações. Os casos surpreendem pelo tipo de bactéria, que não é típica de ambiente hospitalar. A investigação da Anvisa abrange do silicone implantado ao tipo de material usado nas cirurgias. De acordo com Araki, trata-se de um processo de difícil apuração, pois envolve diversos fatores que podem estar causando o processo de infecção ? desde o silicone implantado, os medidores, até as condições do serviço de saúde onde a cirurgia foi executada. Entretanto, ele acredita que o resultado das investigações deverá ser conhecido até o final de julho.
O representante do Conselho Federal de Medicina (CFM), Antonio Gonçalves Pinheiro, informou na audiência que o Conselho poderá, se julgar necessário, acionar a Câmara Técnica de Cirurgia Plástica. Esse órgão só é acionado em casos de urgência.
Pinheiro, que também é cirurgião plástico, disse ainda que, devido às infecções constatadas, o Conselho poderá definir normas de segurança e conduta para os profissionais que realizam implante de próteses mamárias.
Anvisa pode regulamentar medidores de prótese mamária
A decisão foi anunciada pelo gerente-geral de Tecnologia em Produtos para Saúde da Agência e está relacionada os casos de infecção por bactéria em mulheres que fizeram implante de prótese
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