O Hospital das Clínicas de São Paulo realizou pesquisa com 312 adultos alfabetizados de diferentes idades e escolaridades para avaliar o entendimento das pessoas em relação às orientações médicas. O teste, aplicado por neurologistas da instituição, constatou que de cada quatro pessoas, uma é analfabeta funcional. Ou seja, não consegue interpretar as recomendações para um tratamento médico por exemplo.
O levantamento foi feito por meio de perguntas simples e corriqueiras. Um delas foi:
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O remédio deve ser tomado uma hora antes do almoço.
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O almoço é às 12h.
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A que hora você deve tomar o remédio?
Nesse caso, de cada quatro respondentes, uma não soube identificar a resposta correta. 23,5% dos participantes não entendem o que leem. Entre as menos escolarizadas – até sete anos de estudos -, o índice salta para quase 60%.
O médico Antonio Carlos Lopes, presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica, criou táticas para enfrentar o problema. Em vez de escrever “tomar um comprimido de manhã e outro à noite”, anota “2 por dia”. Segundo ele, as pessoas entendem mais facilmente os números.
O analfabetismo funcional afeta inclusive pessoas que chegaram ao ensino médio -14% dos que têm escolaridade de 8 a 11 anos.
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