Países da América Latina têm razão para estarem preocupados com o crescente número de casos de gripe suína (H1N1). Afinal, a região é a mais contaminada pelo vírus com 816 óbitos, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). O número significa dois terços dos casos no mundo. Mas acredita-se que o número de vítimas do vírus H1N1 pode ser ainda maior, pois alguns casos ainda estão sob investigação.
A OMS está preocupada com a pequena quantidade de vacinas disponíveis nas empresas farmacêuticas, cerca de 150 milhões. Fato que é agravado pela reserva antecipada do medicamento feito pelos EUA e Europa. Além disso, são os países do sul da América Latina que estão passando pelo inverno, estação mais crítica de contaminação. A Argentina, país com maior número de casos registrados, 165 até agora, anunciou que fará a própria pesquisa de uma vacina contra a gripe. Já o Ministério da Saúde no Brasil antecipou por um dia a distribuição do tratamento da gripe A, e começou enviar 150 mil kits aos estados nesta quinta-feira (30). O medicamento é produzido pela Fiocruz, a partir de fosfato de oseltamivir, mesmo princípio ativo do Tamiflu, medicamento usado no tratamento da doença e recomendado pela OMS. O kit deve ser usado apenas por hospitais e centros de tratamento e não pode ser comercializado.
América Latina é a mais contaminada
Dois terços dos óbitos aconteceram na região
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