Preservar os talentos é um dos maiores objetivos do Hospital Vera Cruz, em Belo Horizonte. Da motivação das equipes à identificação de lideranças, a instituição trabalha para aprimorar a gestão de pessoas e manter seus funcionários sempre engajados com suas metas financeiras e assistenciais.

Para ter o melhor desempenho em cada posição, o hospital fez um mapeamento de perfis e competências para os cargos, de forma a tornar as avaliações e processos de seleção mais claros e precisos. E, na fase de contratação, as “pratas da casa” são privilegiadas.

“Buscamos talentos dentro e fora do hospital, mas nossos funcionários têm prioridade quando uma vaga é aberta. Eles passam por uma reciclagem, são avaliados e, se tiverem um bom resultado, ganham a oportunidade. Só buscamos pessoas fora do hospital quando realmente não temos ninguém com perfil para o cargo”, explica a diretora administrativa, Marlene Caldas.  

Durante o período de experiência, todos passam por um coaching, com a primeira avaliação 45 dias após a contratação, em que o gestor direto reporta suas impressões à diretoria e é orientado sobre a melhor forma de dar feedback ao funcionário, e a outra aos 90 dias, com uma auto-avaliação e comparação da evolução no período, feita pelo gestor.

Procurando aprimoramento constante, o Vera Cruz também investe em educação continuada. A meta é fazer com que cada funcionário passe pelo menos quatro horas por mês em treinamento e, no caso das lideranças, que seja cumprido um programa de cinco módulos, que desenvolve competências técnicas e o perfil psicológico para os cargos de gestão. “E, como parte do plano de sucessão, a partir de 2010, vamos estender o treinamento de lideranças para a segunda pessoa da área, que estará apta a assumir o cargo de seu gestor”, explica a diretora.

Além de oferecer treinamento, o hospital estimula os gestores a envolverem os sucessores em suas atividades diárias. “Também identificamos os novos líderes pelo mapeamento de competências feito pela área de Recursos Humanos e pela auditoria interna.”

Pacote de benefícios

Para captar e reter talentos, a instituição aposta em benefícios que vão além dos já tradicionais, como vale transporte e alimentação. “Hoje oferecemos sessões de psicanálise gratuitas para todos os funcionários. O programa começou no CTI e agora é realizado cinco dias por semana, estendido para qualquer um que queira participar. Também temos programas de promoção da saúde, como campanhas internas de combate à hipertensão, tabagismo e diabetes, e palestras motivacionais, para combater o stress e para informá-los sobre temas do momento, como a gripe H1N1”, enumera o diretor técnico, Fábio Botelho.

A gripe suína, como ficou conhecida a epidemia, mobilizou todo o hospital. “Abordamos o tema em palestras, fizemos uma campanha interna para estimular a auto-observação, criamos um comitê para acompanhar o tema diariamente, desenvolvemos protocolos específicos e destinamos um setor exclusivo para o tratamento dos casos suspeitos. Além disso, como medida de prevenção, afastamos todas as funcionárias grávidas e quem apresentasse sintomas da doença”, detalha Botelho.

No auge da epidemia, a instituição teve um aumento de 25% dos atendimentos no Pronto Socorro, mas, aos poucos, os atendimentos foram voltando à normalidade, como foco na alta complexidade, especialmente em cirurgias. A área, aliás, será foco dos investimentos no próximo ano. “Recentemente, adquirimos equipamentos para videolaparoscopia, arco em C, microscópio e caixas de instrumental cirúrgico. Para 2010, esperamos uma movimentação maior no bloco cirúrgico e, por isso, também estamos ampliando e modernizando o CTI. No ano que vem também devemos adquirir nosso segundo aparelho de hemodinâmica e construir uma nova torre, com 60 leitos”, conclui o diretor técnico.

Você tem Twitter? Então, siga http://twitter.com/SB_Web e fique por dentro das principais notícias do setor.