O Registro Eletrônico de Saúde no Sistema Unimed foi apresentado e analisado dentro do cenário nacional durante o terceiro dia do XIII Congresso Brasileiro de Informática em Saúde (CBIS), que acontece em Curitiba.
De acordo com o Coordenador do workshop, Thiago Trevisan, o grupo tem trabalhado para agilizar o atendimento, reduzindo custos e garantindo segurança ao usuário do sistema, seja ele profissional da saúde ou paciente. Para tanto, o objetivo atual da Unimed é integrar o sistema de forma que seja possível a todos os profissionais ligados ao grupo, sejam eles cooperados ou credenciados, acessar o prontuário eletrônico do paciente de qualquer canto do país.
?A proposta da Unimed é criar um sistema para que, no futuro, o histórico do paciente seja acessado de qualquer lugar?, afirmou. Para o enfermeiro Jemmys Oliveira, que atua como servidor público de Querência do Norte, no Paraná, a expectativa fica voltada para o SUS. ?É interessante, especialmente quando se mostra a inserção do prontuário eletrônico no SUS, é uma idealização que precisa chegar a todas as pontas do sistema?, comentou.
Abordando quais requisitos um sistema eletrônico deve atender dentro de uma instituição de saúde, o diretor de Relações Institucionais da Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (SBIS), Luiz Gustavo Kiatake, destacou a necessidade de que o sistema eletrônico seja visto como uma ferramenta segura de trabalho pelo profissional de saúde. Como mecanismo de garantia da qualidade de um sistema, Kiatake apontou a Certificação SBIS-CFM, que embora não seja um selo obrigatório, é uma forma de garantir, à instituição contratante de um serviço informatizado, a qualidade. São pontos levados em consideração pela certificação, por exemplo, que o sistema preste assistência ambulatorial, apoio diagnóstico e terapêutico, gerenciamento eletrônico de documentos e diversos requisitos de segurança. O aperfeiçoamento do setor seria a grande saída para a crise na saúde, apontou Kiatake. ?Se o caos na saúde é tão evidente, é a informática que pode contornar isso?, afirmou.
Já o chefe do setor de Tecnologia da Informação, do Conselho Federal de Medicina (CFM), Goethe Oliveira, abordou as mudanças que a informatização trouxe para o setor da saúde nos últimos anos. Como exemplo dessa transformação, Oliveira apontou o a revisão do Código de Ética Médica, que hoje inclui questões como regras na reprodução assistida, na terapia genética e na manipulação genética em clínicas de reprodução, por exemplo. Para ele, outros grandes avanços foram as normatizações trazidas pela Declaração de Tel Aviv, que disciplinam questões da telemedicina, pontuando a importância da confidencialidade do paciente. A importância do setor também foi destacada pelo professor Dr. Ricardo Puttini, da Universidade de Brasília (UnB), que usou como referência a agilidade conquistada pelo sistema de cadastramento de usuários do Sistema Único de Saúde, o CadSUS. Atualmente, como destacou, esse serviço registra cerca de 20 mil consultas por minuto em todo o País.
Acessar o PEP de qualquer canto do País é objetivo da Unimed
Especialistas listam pré-requisitos para um bom sistema eletrônico. Certificação SBIS-CFM é indicado como forma de garantir a qualidade de um serviço informatizado
Tags