Num mundo em que a expectativa de vida aumenta e a taxa de natalidade cai, o risco de insustentabilidade ronda os sistemas de saúde. Por isso, será preciso trabalhar para ter marcos regulatórios mínimos e eficazes e avaliar tecnologias com base no valor que entregam aos pacientes. “O conhecimento produz riqueza e desenvolvimento, mas tem um custo para a sociedade e precisamos saber se ela está disposta a pagar”, analisa o presidente do Hospital Albert Einstein, Claudio Lottenberg.

Para ele, é preciso considerar que o abuso da tecnologia traz imperfeição e não garante o melhor atendimento. “Os Estados Unidos gastam mais que a Europa com saúde e o atendimento agrega menos valor ao paciente”, exemplifica.

Médico, Lottenberg defende as tecnologias que se aproximam mais da prevenção do que do tratamento. “Com o aumento da incidência das doenças crônicas, a cura está mais ligada ao hábito do que a tecnologia. A avaliação da tecnologia deve partir da medicina baseada em evidência e da economia da saúde.”