Apesar da balança comercial desfavorável para a indústria nacional de equipamentos médicos em 2013, as empresas apoiadas pelo projeto setorial Brazilian Health Devices, promovido pela Abimo (Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios), em parceria com a Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) apresentaram resultados positivos. As mais de 160 empresas que fazem parte do projeto exportaram juntas cerca de US$ 190 milhões ? para destinos como EUA, México, Peru, Alemanha e Venezuela.
Enquanto o Brasil encolheu suas exportações 14,8% entre 2011 e 2013, essas empresas aumentaram seus índices em 7,1% no mesmo período. Em 2013, quase 26% das exportações de equipamentos para a saúde do país foram feitas pelas empresas participantes do projeto.
Para Paula Portugal, gerente de exportação da associação, o setor está exportando menos graças à queda da balança comercial do país, mas as empresas do projeto mostram que ?é possível fazer o caminho contrário?. A cerimônia de assinatura da renovação do convênio aconteceu no prédio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Para o presidente da Apex-Brasil, Mauricio Borges, os equipamentos para a saúde são produtos extremamente competitivos e com total condições de explorar novos mercados. O processo de exportação tem suas particularidades e a parceria tem o objetivo de facilitar e criar condições para que ele ocorra, disse.
André Limp, gerente de projetos da Apex-Brasil e gestor do Brazilian Health Devices, disse que a agência busca internacionalizar as empresas, com foco não apenas na expansão comercial, mas também no desenvolvimento da competividade do País. Os mercados-alvo para os próximos dois anos, dentro dos Subsetores de Equipamentos médico-hospitalares, Implantes e Próteses, Materiais de Consumo, Laboratório e Radiologia são África do Sul, Angola, Chile, Colômbia, Estados Unidos, México, Rússia e Turquia, além de países secundários como Bolívia, Equador, Nigéria, Peru, Polônia e Venezuela.
Para o Subsetor de Odontologia são prioridade: Chile, Espanha, Estados Unidos, Índia, Japão, México, Rússia e Turquia. China, Colômbia e França são os países secundários.