Embora ocupe a sétima posição no ranking das maiores economias do mundo, o Brasil é apenas o 36° exportador de produtos para a saúde. O setor possui baixa capacidade competitiva e os produtos – como instrumentos, aparelhos e equipamentos para diagnóstico e cirurgia – têm pequena penetração no mercado internacional.

Os resultados fazem parte de um estudo da consultoria Websetorial encomendado pela Abimed (Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Equipamentos, Produtos e Suprimentos Médico-Hospitalares). Os dados foram analisados a partir de levantamento realizado pelo Trademap (base de dados da ONU e da OMC) com 230 países em 2011.

Segundo o estudo, a participação total do Brasil no comércio internacional é de apenas 1,4%. Considerando-se apenas os produtos para a saúde, o índice cai para 0,19%. ?Esse dado indica que a situação do País é precária, mas também que existe espaço para que as exportações e a competitividade do setor aumentem se forem adotadas políticas adequadas?, diz Carlos Goulart, presidente-executivo da Abimed.

Abaixo da média
As exportações brasileiras de produtos para a saúde cresceram menos da metade da média mundial registrada entre 2007 e 2011 (3% e 7%, respectivamente). A exceção ficou por conta dos aparelhos de raio X e de alguns equipamentos de diagnóstico que utilizam radiação, que superaram a marca global.

De modo geral, segundo o estudo, a balança comercial mundial de produtos para a saúde é deficitária. Entre os 230 países pesquisados, entre 5% e 10%, dependendo da categoria de produtos, apresentam balança comercial positiva.

Em relação às importações, o Brasil ocupa a 15ª posição no ranking mundial de produtos para a saúde, com participação de 1,77% no mercado global. As importações brasileiras de produtos para a saúde totalizaram US$ 5,3 bilhões em 2011, enquanto a cifra mundial ficou em U$ 298 bilhões.