Segundo a pesquisa do TIC saúde 2013 sobre saúde digital e o uso de tecnologias de informação e comunicação nos estabelecimentos de saúde brasileiros, cerca de 25% dos hospitais brasileiros usam algo de prontuário eletrônico em seus sistemas. Este é um número extremamente baixo, se comparado a países que despontaram em TI em saúde, como a Dinamarca, por exemplo, onde todos os médicos do país usam prontuário eletrônico e e-prescribing. Os sistemas de atenção hospitalares são conectados às farmácias, criando uma cadeia fechada de informações.
Países como a Dinamarca, Holanda e Noruega tiveram plano nacional de Informática em Saúde na década de 1980, enquanto os Estados Unidos da América iniciaram em 2009 e o Canadá em 2007. Em busca de uma saúde digital, segundo a HIMSS, os passos para se tornar um Hospital Digital devem ser tomados aos poucos e é feita uma categorização de sete estágios avaliados pela própria Sociedade.
Passo 1
No mínimo, a farmácia, o laboratório e a radiologia devem ser informatizados, e iniciar a jornada na saúde digital.
Passo 2
O prontuário deve ser centralizado de preferência com Snomed e com um mínimo de apoio a decisão clínica.
Passo 3
A enfermagem deve, de fato, fazer anotações no sistema e deve haver PACS (picture archiving and communication system) em, pelo menos, uma área fora da radiologia.
Passo 4
Devem haver prescrições eletrônicas e ordens médicas em, pelo menos, uma área e um sistema de apoio à decisão clínica baseado em protocolos clínicos.
Passo 5
Deve haver PACS em todo o serviço, tornando o hospital Filmless e amigável à saúde digital.
Passo 6
Deve haver um circuito fechado da administração de medicamentos (prescrição, farmácia e enfermagem sistematizados, dispensadores automatizados, registro da administração sistematizado) e um apoio à decisão clínica sofisticado com alertas de variância, por exemplo.
Passo 7
Aqui, o hospital necessita de um PEP completo, Business Intelligente (BI) clínico, transações para compartilhamento de informações e informações prévias do paciente escaneadas.
A busca pela saúde digital ocorre em todos os países e, segundo dados, nos EUA, somente 2,9% dos hospitais encontram-se em Estágio 7 e mais de 50% estão entre os estágios 3 e 5. Segundo Claudio Giulliano Alves da Costa, diretor presidente da Folks e-saúde, o que mais dificulta a mudança de nível é o apoio a decisão clínica.
O Canadá, apesar de estar em busca da digitalização e integração nacional há poucos anos, apresenta um nível de avanço e planejamento em saúde digital impecável. Veja no vídeo abaixo a explicação sobre o processo em que se encontram:
[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=b74_jcyqkM4[/youtube]