Ao contrário do foco essencialmente financeiro do século passado, hoje as organizações tem trabalhado com seis tipos de capitais interligados entre si: Natural, Humano, Social/Relacionamento, Intelectual, Manufaturado e Financeiro.
Este novo modelo permite que os gestores tomem suas decisões não apenas com foco financeiro, mas também de acordo com o valor intrínseco dessas novas moedas. Talvez não seja fácil identificar o reflexo imediato no fluxo de caixa dessas novas moedas de troca, mas elas geram valor ao longo do tempo e isso é um diferencial competitivo. Entenda melhor sobre cada uma:
● Capital Financeiro: representa os investimentos ou ativos operacionais necessários para a realização da atividade operacional.
● Capital Manufaturado: representa os bens tangíveis.
● Capital Intelectual: é representado pela base de conhecimento em posse da empresa e a capacidade de sua estrutura organizacional em saber mantê-lo e expandi-lo.
●Capital Humano: é representado pelo conjunto de competências, capacidades, experiências e motivações dos colaboradores para buscar melhorias contínuas na atividade operacional e é necessário esforço permanente em sua renovação.
●Capital Social e de Relacionamento: é difícil de mensurar, mas todos sabem de sua importância e abrange as instituições e relações estabelecidas dentro e fora da empresa, com todos os stakeholders, e é alimentado pela ética e transparência e pelo sentimento de bem estar coletivo e individual, inclusive para com gerações futuras; representa a reputação da empresa.
● Capital Natural: é representado pelo conjunto recursos da natureza de posse da empresa ou pelos bens difusos sob sua responsabilidade e que mantém a perenidade de todos os demais tipos de capital.
Segundo o relatório, intitulado, What Matters and Where: Managing Sustainability in the Healthcare, lançado recentemente pelas empresas americanas, TRUCOST e BrownFlynn, as organizações de saúde devem construir negócios claro para melhorar a sustentabilidade ao longo da cadeia de valor.
Muitas organizações de saúde se esforçam para incorporar a sustentabilidade nas decisões de negócios, mas é um conceito tão amplo, que é interpretado de maneiras diferentes. Também é muitas vezes difícil de traduzir os benefícios relacionados a sustentabilidade em termos de negócios.
No entanto, a experiência mostra que a sustentabilidade em saúde é um imperativo dos negócios com uma série de benefícios, como:
● Redução de custo e melhor retorno sobre o capital,
● Bem estar dos pacientes e colaboradores
● Gestão de risco mais eficaz
O relatório descreve como as organizações de saúde podem superar esses desafios através da adoção de uma abordagem de cadeia de valor. Pesquisa mostra que, para cada, US $ 1 trilhão em receita gerada, o setor da saúde necessita de US $ 28 bilhões em recursos ambientais, o equivalente a 3% da receita anual. As emissões de gases com efeito de estufa são, de longe, o maior impacto, seguido pelo uso da água e poluição do ar.
A grande maioria desses impactos ocorre fora das operações diretas de organizações de saúde. Eles vêm da aquisição de bens e serviços, tais como, energia, produtos farmacêuticos e equipamentos médicos. Ao compreender a verdadeira extensão desses impactos ao longo da cadeia de valor, organizações de saúde podem elaborar estratégias para gerenciá-los de forma eficaz.