Não há discussão, o mercado cresce exponencialmente. Junto com esse avanço, muitos buscam aproveitar a oportunidade e criam apps e outras soluções para entrar no segmento. Com o aumento cada vez maior de opções, vem a dificuldade de se encontrar soluções de real impacto na saúde, o que me levou a co-fundar a startup Aplicativos De Saúde para fazer a curadoria desses aplicativos.
Se você pensa em criar um app e aproveitar essa onda de crescimento, tente responder as perguntas abaixo antes de investir tempo, dinheiro e esforço mental:
1) Sua solução resolve um real problema?
Basta navegar nas lojas de apps por alguns minutos, e você irá encontrar diversas soluções de mHealth (se é que podemos categoriza-las dessa maneira) de baixo ou nenhum impacto. Busque criar soluções para os reais problemas da saúde, como os de saúde pública, educação do paciente, acessibilidade e outros, por exemplo.
2) Qual a facilidade de uso do seu app?
A maioria das pessoas pensam que Design serve apenas para deixar um objeto bonito e atraente, mas essa é apenas uma parte do seu real significado. A maior parte entretanto está na usabilidade do produto, sua facilidade e identidade com o que é natural ao ser humano. Tornar seu app fácil de usar, irá torna-lo mais atraente e relevante. Dica pessoal: Teste-o com seus avós, se eles conseguirem usar, você provavelmente achou o caminho. Isso porquê eles pertencem a uma geração com quase zero intimidade com smartphones e gadgets.
3) Já existe solução semelhante? Se sim, por que a sua é melhor?
Todos os estudos que tive contato até hoje apontam que os segmentos mais atraentes da mHealth, e impulsionadores do mercado, são os de gestão das doenças crônicas (como Hipertensão, Diabetes etc). Isso faz com que encontremos inúmeras soluções para controle glicêmico, por exemplo. Por isso você deve se perguntar: O que tenho de melhor em relação aos meus concorrentes?
4) Seu app empodera o paciente?
Empoderar significa dar poder, certo? Todo bom app tem como objetivo dar ao paciente controle sobre sua patologia, métricas de melhora e piora, um panorama geral sobre suas condições, eventualmente redução no custo do tratamento e redução nas chances de intercorrências. Sua solução gera essas possibilidades?
5) É baseado em evidências?
Na saúde buscamos constantemente basear nossas decisões em evidências, e para as soluções de mHealth isso não deve ser diferente. Poucas, ou quase nenhuma, soluções disponíveis não se baseia em evidências. A busca por essa referencia deve ser uma rotina para todo desenvolvedor de aplicativos para saúde.
6) É possível medir resultados?
Diversas são as maneiras de se medir os resultados de uma solução, uma dessas é a Gamificação, que transforma conquistas em pontos, prêmios, concursos, troféus etc. Em administração a frase “não se gerencia o que não se mede” é comum e óbvia, mas difícil na prática. Como você sabe se seu app está gerando impacto ou não? Quais métricas você usa para mostrar isso ao paciente e médico?
Conclusão, do mesmo jeito que o mundo da mHealth me fascina, muitos tentam atuar nesse mercado por conta do seu crescimento exponencial, e suas inúmeras oportunidades. Se você é uma dessas pessoas, tente responder às perguntas acima para que seu app cumpra com seu maior objetivo: fazer a diferença na vida das pessoas.