O desenvolvimento generalizado da troca de informações de saúde (health information exchange, HIE) está acontecendo rapidamente, e com ele vêm preocupações com a confidencialidade, privacidade e segurança. Mas seus benefícios são superiores a essas preocupações e incluem qualidade de cuidado melhorado e redução dos custos de saúde. Apesar da recepção reservada da HIE entre hospitais e clínicas nos Estados Unidos, muitos afirmam que ela terá um papel importante nos estágios do uso significativo. E já que não há melhor hora do que agora para dar início aos programas de benefícios, Rob Brull, gerente de produto da Corepoint Health, sugere seis dicas para fazer com que a implementação da HIE dure.
- Deixe as coisas simples: de acordo com Brull, o HIE pode ser muito importante em termos de melhoria do cuidado do paciente. Entretanto, ele acredita que o melhor é se focar em alguns aspectos do HIE que terão maior impacto: ?Se o HIE tentar ser tudo para todos muito cedo, pode não conseguir estabelecer as fundações para crescer?. Brull aconselha, por exemplo, que o HIE pode se concentrar primeiramente na troca de CCDs, exames de laboratórios e resultados de radiologia, deixando coisas como as referências eletrônicas, acompanhamento em casa ou registros de doenças para a segunda fase. ?Os dados também não precisam ser completamente interoperáveis a partir do primeiro dia. Talvez usar um portal para a visualização dos resultados em vez de as entregas de resultados serem completamente integradas com o EMR. A interoperabilidade pode ser algo que aumente durante o tempo?.
- Entenda sua fonte de receita: Brull argumentou que para alcançar a sustentabilidade, um plano de negócios deve ser definido antes do início e implementação de qualquer HIE. ?A maior parte disso é entender de onde vêm as fontes de receita. A análise de negócio tem que mostrar se a receita anual é suficiente para cobrir os custos operacionais?. Brull seguiu dizendo que possíveis fontes de receita incluem laboratórios e centros de imagem que querem conexões eletrônicas com médicos realizando pedidos dentro do HIE. ?Historicamente, os médicos resistiam ao conceito de pagarem taxas por conectividade. Deve ficar claro sobre o que os participantes desejam pagar, e o HIE deve agir como qualquer empresa tentando vender um produto; devem justificar os custos tendo como base os benefícios recebidos?.
- Estimar os custos: Como a análise de receita, o HIE deve ser precavido e continuar revendo os custos como qualquer negócio em busca de lucros, afirmou Brull. De acordo com ele, a estimativa dos custos está intrinsicamente ligada à ideia de manter as coisas simples. ?O valor do subsídio somado à contínua fonte de receita não deve ultrapassar o valor dos custos atuais. Uma alta expectativa de implementar um HIE completo desde o início pode pressionar o dinheiro necessário para adquirir a funcionalidade mais avançada?. E quanto mais completo o sistema é para implementar, mas caro será para ser mantido. ?Manter estrutura simples, manterá os custos baixos e permitirá mais sustentabilidade?.
- Promover alinhamento com ACOs: ?Discutir com os fornecedores no HIE para saber se também vão participar do ACO (Accountable Care Organization). Se uma infraestrutura HIE pode ser utilizada para dar suporte a uma ACO, então, as economias compartilhadas da ACO ? teoricamente ? podem ser utilizadas para ajudar com os custos de operação da HIE?. Além disso, ao entender as exigências da ACO, o HIE pode chegar a melhores decisões sobre quais funcionalidades incluir. ?Apesar de um HIE dever limitar suas previsões de funcionalidade para características críticas, dar apoio às necessidades do ACO ajudará a levar a receita à sustentabilidade necessária?, afirmou Brull.
- Garanta a privacidade do Paciente: Segundo Brull: ?Nada dará mais dor de cabeça, perda de confiança do público, alta nos custos e redução de receitas como a violação das informações de saúde do paciente?. A exigência que deve ser seguida à risca é a privacidade e segurança, e para cumprir isso, deve existir comunicação aberta com os pacientes para se assegurar que eles entendam seus direitos. ?O processo de certificação de EHR fornece critério detalhados para privacidade e segurança. O HIEs deve assegurar que essas especificações sejam seguidas bem como os processos exigidos pela HIPAA?.
- Comece com um Modelo Federado: Brull afirma que há muitas vantagens em começar com um modelo federado, que permite que os dados dos pacientes sejam guardados pelos prestadores. ?Este modelo é mais simples e mais fácil de implementar e manter os custos iniciais baixos até que a base para o HIE esteja estabelecida?. Brull seguiu dizendo que a segunda vantagem é ter as exigências de privacidade e segurança com base no provedor e não no HIE, já que não há depósito centralizado de dados para proteger. ?Claro que a interoperabilidade não é tão eficiente e a localização dos dados é muito mais difícil de controlar. Mas esta abordagem torna o plano de negócios muito mais fácil de justificar e, no final, dará ao HIE uma melhor chance de sustentabilidade?.
Tradução: Alba Milena, especial para o Saúde Web
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