, às vezes podemos errar. Muitas vezes faz parte da estratégia empresarial se aproximar dos early adopters, categoria de consumidor difícil de ser descrita e altamente cobiçada por marcas e empresas.
Os early adopters geralmente são caracterizados como consumidores curiosos, aventureiros, geralmente os primeiros a comprar um produto, que falam rápido e costumam compartilhar opiniões sobre o que compraram.
Em 1962, Everett M. Rogers escreveu o livro chamado Diffusion of Innovation, que descreve a difusão de novas ideias e tecnologias pela sociedade. Com isso foi capaz de segmentar a Curva de Gauss em perfil de adoção, o que norteia parte da estratégia empresarial.
Na curva acima, podemos notar que os early adopters estão logo à frente dos inovadores (2.5%) – aqueles que criam a inovação – e representam 13.5%. Seguindo a Curva de Bell, estão o Early Majority (34%), composta pela massa que embora seja mais cautelosa, compram antes que a maioria. Na descida da curva, encontramos o Late Majority (34%), que só compram após a maioria ter adotado. Por último estão os Laggards (16%), formado pelos consumidores mais críticos, que fazem de tudo para resistir à compra.
O problema é que a Curva de Gauss é um modelo matemático, não leva em conta o contexto social da inovação. Para se atingir o maior objetivo de fazer com que os early adopter falem bem do seu produto no boca-a-boca, os designers, publicitários, empreendedores, gerentes de marca e pesquisadores devem ir muito além dos números, caso contrário terão uma estratégia empresarial frágil.
O grande erro que pode surgir se não considerar outros fatores, é a criação de um produto que visa apenas os early adopters, o que pode minar a identidade da marca e excluir a maioria dos consumidores.
Abaixo listamos 5 cuidados que se deve ter ao avaliar os Early Adopters:
– Representam 13,5% da população geral: é um grande erro pensar que quase 1 bilhão de pessoas é early adopter. Essa porcentagem é referente às pessoas, que imersas no contexto da inovação, são as primeiras a adota-las.
– São líderes de opinião: nem sempre isso é verdade. Só serão early adopters se a maioria os seguirem, caso contrário serão os loucos que compraram aparelhos de MD, LD, HD DVD e tantos outros exemplos.
– Seu boca-a-boca vale ouro: se o seu produto for realmente incrível, tudo bem, mas se ele adota-lo, a maioria o seguir, e depois ele descobrir que seu produto tem algum defeito, prepare-se para o abandono em massa.
– Amam o que é novo e sexy: o que é lixo para uns, é tesouro para outros. Ser novo e sexy está muito preso à categoria do produto em sí, e se essa categoria não suprir os interesses do Early Adopter, o produto não será novo ou sexy o suficiente.
– São descolados: cuidado, ao invés de identificar os descolados que irão comentar sobre seu produto, foque em encontrar categorias descoladas. Erro que pode ter sido o fracasso do Zune vs. iPod, onde o Zune era feito para os Early Adopter que buscavam um aparelho reprodutor de mp3, contra o iPod, que trazia um conceito de estilo de vida, liberdade e praticidade, enquanto tocava mp3, ou seja, era um perfil Cool contra uma categoria Cool, venceu a categoria.
Conclusão, na hora de pensar na sua estratégia empresarial, tenha cuidado com as armadilhas dos famosos Early Adopters.
Como está alinhada a estratégia do seu negócio ou empresa?