Hoje em dia ninguém mais duvida dos danos à saúde que provoca o tabaco. O cigarro mata diariamente 350.000 pessoas no Brasil e continua a ser a principal causa de morte evitável no mundo segundo dados da OMS (Organização Mundial de Saúde). “Fumar não apenas mata, mas também diminui a qualidade de vida dos fumantes e prejudica seus descendentes” alerta Dra. Silvana Chedid, especialista em reprodução humana e diretora do IVI São Paulo.

“Atualmente 13% dos casos de infertilidade estão ligados ao fumo” revela Dra. Genevieve Coelho, diretora do IVI Salvador, aportando dados da Sociedade Americana de Medicina reprodutiva. Homens e mulheres fumantes têm três vezes mais chances de sofrerem de infertilidade.

“A fertilidade reduz 25% nas mulheres que fumam até 20 cigarros ao dia, e 43% se fumam mais de 20 cigarros” – comenta Dra. Silvana. Mulheres que fumam entrarão mais cedo na menopausa, além do hábito de fumar aumentar o risco de abortos e gravidezes ectópicas. Por outro lado, homens fumantes têm maior porcentagem de espermatozoides anormais comparados com não fumantes.

Filhos de fumantes

O estudo “The impact of cigarettesmoking on the health of descendants” (O impacto de fumar cigarro na saúde dos descendentes) realizado pelos doutores Sergio Soares e José Bellver, ambos do IVI, revelou que mães que fumam mais de 10 cigarros ao dia durante a gravidez podem provocar infertilidade no filho homem quando adulto, já que provoca uma redução na concentração de esperma de 20 a 40%. No caso do bebê de sexo feminino, pode causar uma reserva limitada de óvulos e subfecundidade.

Estudos realizados em grupos de 10 crianças demostraram que aquelas cujo a mãe fumou durante o período de gestação, apresentaram irritabilidade, falta de atenção e reduzida resposta a estímulos auditivos, bem como atraso na linguagem em comparação com outras crianças que não foram expostas ao tabaco em sua etapa pré-natal. Além disso, estes bebês podem ter no futuro problemas de desenvolvimento escolar e mais tendências a comportamentos antissociais.

“O ideal é não fumar, mas principalmente quem quer ter filhos deve ter esta preocupação ainda mais presente” conclui Dra. Genevieve.