O tratamento de diabetes passa pelo uso de exercícios físicos, mudanças de alimentação e controle do nível glicêmico. As novas tecnologias que tem surgindo ajudam ao monitorar constantemente o nível de glicose, e em alguns casos até bombear glicose para o corpo. Saiba mais!
A diabetes é uma doença crônica e autoimune, que afeta milhões de pessoas por todo o mundo. Entretanto, temos vistos muitos avanços tecnológicos na saúde nos últimos anos, que podem ajudar os portadores dessa doença em seu tratamento e a melhorar sua qualidade de vida.
Mas você sabe que ferramentas são essas? Então venha conhecer 7 novas tecnologias para o tratamento de diabetes!
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O que é diabetes?
A Diabetes Mellitus é uma doença causada pela falha na ação do hormônio da insulina, resultando em uma elevação do nível de glicose no sangue do indivíduo.
A insulina é a responsável por promover a entrada da glicose nas células, para que elas possam ser aproveitadas pelo organismo. Quando ela não consegue realizar esse processo, ocorre o acúmulo de glicose no sangue.
Quais os tipos de diabetes existentes?
Existem dois tipos de diabetes, chamadas de tipo 1 e tipo 2.
A diabetes de tipo 1, é aquela resultante da produção de anticorpos pelo próprio organismo, que combatem as células beta, aquelas responsáveis por produzir a nossa insulina. Como o nosso póprio corpo esta destruindo as nossas células produtoras de insulina, a nossa capacidade de promover a entrada da glicose para as células cai, resultando em seu acúmulo no sangue.
Isso pode ser detectado pela presença dos anticorpos ICA, IAAs, GAD e IA-2, no sangue do paciente.
Já a diabetes de tipo 2, é a mais comum entre os pacientes, sendo responsável por cerca de 90% dos casos. Nesses casos, as células beta estão produzindo a insulina, entretanto, sua ação é dificultada por algum motivo, resultando no chamado quadro de resistência insulínica.
Para manter a glicose em níveis normais, o nosso corpo vai aumentar a produção de insulina, compensando aquela resistência. O problema é que conforme o tempo passa, o nosso corpo deixa de ser capaz de manter essa produção em níveis tão altos, fazendo com que a insulina produzida já não seja suficiente para estabilizar a quantidade de glicose em nosso sangue.
Por isso, esse quado costuma ser mais comum em pessoas acima dos 50 anos. Apesar disso, o consumo excessivo de alimentos altamente calóricos, somado a falta de atividade física, tem feito com que pessoas cada vez mais jovens desenvolvam a diabetes de tipo 2.
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7 novas tecnologias para o tratamento de diabetes
Nos últimos anos, temos visto muitas novas tecnologias surgindo e sendo implementadas nos tratamentos de diferentes clínicas e hospitais. Esses novos recursos têm tido um grande impacto no tratamento de diabetes, mudando a vida dos pacientes. Vamos conhecer alguns?
1. Monitoramento contínuo da glicose
Por meio de sensores colocados sob a pele, é possível realizar um monitoramento constante da glicose do fluido intersticial do paciente ao longo do dia. Ou seja, sem a necessidade de realizar picadas no dedo para isso.
Esse monitoramento contínuo, fornece dados em tempo real sobre as variações do nível de glicose do diabético, sendo de grande utilidade para o tratamento. Além disso, o próprio paciente consegue, a partir desse monitoramento, avaliar a sua dieta, dosagem de insulina e necessidade de exercícios físicos.
2. Terapia com células-tronco
Uma das áreas de pesquisa mais promissoras dos últimos tempos, para o tratamento de diabetes, é a do uso de células-tronco para a regeneração das células beta do pâncreas. Lembra que elas eram as responsáveis por retirar a glicose do sangue? Se elas voltam a funcionar, o corpo consegue regular o seu nível de glicose perfeitamente.
Entretanto, essa alternativa ainda está em estado experimental, e seus impactos seriam muito mais significativos para quem tem a diabetes de tipo 1, do que a de tipo 2.
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3. Bombas de insulina avançadas
As bombas de insulina avançada são capazes de enviar, constantemente, insulina para o corpo do paciente, de forma personalizada para manter o equilíbrio do nível de glicose. Ou seja, essa tecnologia simula a função de um pâncreas saudável no controle da insulina e da glicose.
As bombas de insulina possuem integração com os sistemas de monitoramento contínuo, permitindo que a quantidade de insulina enviada seja calibrada com o que seu corpo precisa em cada momento do dia. Dessa forma, o paciente não corre o risco de sofrer um episódio de hipoglicemia pelo excesso de insulina.
4. Inteligência artificial e machine learning
O uso de IA e o machine learning permite no acompanhamento dos pacientes com diabetes, permite uma análise muito mais efetiva e precisa dos dados. Dessa forma, os algoritmos conseguem antecipar ataques hiper ou hipoglicemia, com base no histórico de glicose, alimentação e atividades físicas.
O uso dessas ferramentas no tratamento, ajuda na dosagem de insulina e na formulação de planos alimentares, o que melhora o controle glicêmico.
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5. Dispositivos Vestíveis
Os dispositivos vestíveis, também conhecidos como wearables, são acessórios e roupas que monitoram diversos indicadores de saúde do seu usuário. Relógios inteligentes, fitas de pulso e até alguns celulares conseguem realizar esse tipo de monitoramento.
Normalmente, essas ferramentas trazem dados como batimentos cardíacos ou gastos calóricos, mas em alguns casos também podem ser utilizados para monitorar os níveis de glicose do indivíduo.
Sendo assim, eles funcionam quase como um dispositivo de monitoramento contínuo de glicose, com ambos podendo até mesmo se integrarem para garantir uma avaliação mais precisa.
6. Aplicativos de gerenciamento
Existe milhares de aplicativos, entre iOS e Android, desenvolvidos especialmente para pessoas com diabetes. Eles incluem desde livros de receitas até ferramentas de gerenciamento, que ajudam os diabéticos a monitorar insulina, exercícios e ingestão de açúcar.
O Glooko, por exemplo, permite que o paciente baixe leituras de teste de glicose no smartphone, integre dados de alimentação e estilo de vida e compartilhe essas informações com profissionais médicos. Ele também disponibiliza dados relacionados à diabetes e análises para provedores de serviços de saúde e investidores para apoio a pesquisas sobre a doença.
O Diabetes Pilot registra glicose, insulina e outras medidas; monitora nutrientes ingeridos; inclui um banco de dados de alimentos; e permite que o usuário compartilhe os dados com provedores de serviços de saúde.
Por fim, o Glucose Buddy, para iOS, permite que usuários registrem refeições, exercício, níveis de insulina e compartilhe os registros com os médicos.
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7. Telemedicina
A telemedicina pode ajudar os diabéticos a economizar tempo e dinheiro, e pode ajudar sistemas de serviços de saúde a melhorar a saúde populacional e a rentabilidade.
Por exemplo, a Centro Médico da Universidade do Mississippi, o Centro Médico North Sunflower, a GE Healthcare, a Intel-GE Care Innovations e a C-Spire formaram o Diabetes Telehealth Network – um programa de cuidados remotos de 18 meses para atender regiões com alta porcentagem de pacientes diabéticos.
O Centro de Diabetes Joslin, da Universidade de Harvard e a American Well se juntaram para entregar serviços remotos de telemedicina para diabéticos por todo o território norte americano.
Esse atendimento por meio da telemedicina, ajuda a tirar dúvidas e direcionar pacientes que não estão em condições de se dirigir a uma unidade de saúde naquele momento. Além disso, ela também permite a redução da ocupação hospitalar, garantindo atendimento para mais gente.
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